60 anos do golpe de 1964 | Entrevista com Marcos Napolitano
DOI:
https://doi.org/10.12957/revmar.2024.88926Palabras clave:
Entrevista, Marcos Napolitano, Ditadura Civil-Militar BrasileiraResumen
Marcos Napolitano, professor de História na Universidade de São Paulo, discute os 60 anos do golpe de 1964, enfatizando a necessidade de confrontar ataques negacionistas que distorcem a história da ditadura. Ele alerta que, embora o debate sobre o golpe e a ditadura esteja presente, existe uma contradição entre esse discurso e a falta de uma política de memória institucional eficaz no Brasil. Napolitano vê a ausência de uma "Justiça de Transição" como um fator que contribui para a sensação de desinteresse pelo passado autoritário. Ele também avalia que, apesar do interesse dos estudantes, o ensino sobre a ditadura nas escolas é prejudicado pela pressão da extrema direita e pela falta de tempo e recursos curriculares. Napolitano defende que temas como autoritarismo e democracia deveriam ser abordados de forma mais integrada ao longo do currículo escolar, em vez de serem comprimidos ao final do Ensino Fundamental e Médio. Para ele, é essencial investir em uma política de memória robusta que transcenda governos e que integre a educação com a conscientização sobre as violências sociais e políticas na história brasileira, apesar das dificuldades atuais.
Citas
MORETTIN, Eduardo; NAPOLITANO, Marcos (Orgs.). O cinema e as ditaduras militares. São Paulo: Intermeios/ FAMECOS/FAPESP, 2018.
NAPOLITANO, Marcos. Juventude e Contracultura. São Paulo: Contexto, 2023.
NAPOLITANO, Marcos. Coração Civil: a vida cultural brasileira sob o regime miltar (1964-1985) - ensaio histórico. São Paulo: Intermeios; Casa de Artes e Livros, 2017.
NAPOLITANO, Marcos; KAMINSKI, Rosane (Orgs.). Monumentos, memória e violência. São Paulo: Letra & Voz, 2022.
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Derechos de autor 2024 Marcos Napolitano

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