60 anos do golpe de 1964 | Entrevista com Izabel Priscila Pimentel da Silva
DOI:
https://doi.org/10.12957/revmar.2024.88924Palavras-chave:
Entrevista, Izabel Priscila Pimentel da Silva, Ditadura Civil-Militar BrasileiraResumo
Izabel Priscila Pimentel da Silva, professora da UERJ e especialista na história das esquerdas revolucionárias e repressão política, reflete sobre os 60 anos do golpe de 1964. Ela destaca a importância das efemérides para relembrar o passado autoritário e a necessidade de discutir as vítimas da ditadura, que vão além dos militantes, afetando grupos como trabalhadores, indígenas e população LGBTQIA+. A historiadora critica o desmonte das políticas de memória e Justiça de Transição, especialmente durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, que promoveram o negacionismo e a defesa da ditadura. Ela ressalta que, apesar de avanços históricos, como a criação da Comissão Nacional da Verdade, as recomendações dessa comissão não foram implementadas e o governo atual evitou marcar oficialmente a data do golpe. Izabel conclui que a construção de memórias coletivas críticas à ditadura é essencial para fortalecer a democracia e enfrentar discursos que legitimam o autoritarismo. Ela enfatiza o papel dos historiadores na luta por Memória, Verdade e Justiça, afirmando que é crucial não esquecer o legado da ditadura para evitar que eventos similares se repitam.
Referências
SILVA, Izabel Priscila Pimentel da. 'Por Ti, América': Luta Armada, Internacionalismo e Latino-Americanismo na Trajetória das Esquerdas Sul-Americanas. Rio de Janeiro: Multifoco, 2018.
SILVA, Izabel Priscila Pimentel da; ARAUJO, Maria Paula; ARAUJO, Rafael (Orgs.). História política da América do Sul nos séculos XX e XXI. Rio de Janeiro: Autografia, 2024.
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