Luiz Gama:
a educação como princípio da dignidade humana e isonomia no Brasil Imperial
DOI:
https://doi.org/10.12957/revmar.2025.83010Palavras-chave:
Império do Brasil, Liberalismo, Direito à Educação, Luiz GamaResumo
A filosofia política e econômica do liberalismo foi oficialmente adotada no Brasil independente em 7 de setembro de 1822. Após movimentos de disputas dos vários interesses políticos, a Constituição de 1824 explicitava as características e os direitos dos cidadãos brasileiros. Nesta conjuntura, destacam-se as contradições entre os direitos civis e políticos inerentes à cidadania e a estreita ligação entre esta categorização e a de raça. Salientaremos o direito à instrução educacional no Brasil Imperial, suas contradições e seu íntimo delineamento com a política governamental. Esta análise será realizada a partir dos textos críticos publicados em jornais, de um liberal abolicionista que lutou pela liberdade dos escravizados: Luiz Gama.
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