Doenças no pós-abolição: o impacto das doenças em pretos e pardos na região metropolitana do Rio de Janeiro (1888-1940)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/revmar.2023.72747

Palavras-chave:

Doenças, Pós-abolição, Baixada Fluminense, Região metropolitana, Pretos e pardos

Resumo

O presente artigo busca apresentar os primeiros resultados de uma pesquisa direcionada ao impacto das doenças na população negra no período Pós-abolição. Escolhi como área de estudo a região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro com a finalidade de compreender como a população dessas regiões foi impactada pelos surtos de doenças respiratórias e infectocontagiosas nos primeiros anos da República. Para atingir tais objetivos, criticando o uso dos discursos médicos, jornais imprecisos e estudos concentrados em capitais, analisarei os registros civis de óbitos do antigo município de Iguaçu que apresentam dados relativos à cor, à idade, ao ano de morte e, principalmente, às causas mortis. Estes, por sua vez, serão comparados com os censos até o ano de 1940. Ao final, pretende-se produzir uma contribuição significativa para a historiografia o impacto significativo que famílias de pretos e pardos sofreram na região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro. 

 

 

Biografia do Autor

Carlos Eduardo Coutinho da Costa, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Professor Associado na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Departamento de História. Doutor em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro; Mestre em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro; graduado em História pela Universidade Federal Fluminense. 

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Publicado

2023-09-06

Como Citar

Costa, C. E. C. da. (2023). Doenças no pós-abolição: o impacto das doenças em pretos e pardos na região metropolitana do Rio de Janeiro (1888-1940). Revista Maracanan, (33), 212–230. https://doi.org/10.12957/revmar.2023.72747