Quem é pardo no nordeste brasileiro? Classificações de “Morenidade” e tensões raciais
DOI:
https://doi.org/10.12957/revmar.2021.53670Keywords:
Questão racial, Morenidade, Classificação Racial, Região Nordeste.Abstract
Os conflitos e negociações em torno da classificação racial no Nordeste resultam do imenso melting pot do qual esta região é formada em termos de elemento humano. O tema, a mestiçagem, ainda tem um vasto campo. Os debates acadêmicos em geral partem de uma generalização sul/sudeste para analisarem o branqueamento e a mestiçagem no Brasil. No trabalho que ora apresentamos, discutiremos alguns aspectos centrais da questão da mestiçagem no Nordeste, tomando como referência a classificação de morenidade. Para tanto, analisaremos a questão do pardo e seu reconhecimento, sua descendência negra e/ou indígena. Também avaliaremos a presença do imigrante na região. Assim sendo, o embasamento teórico revisita e resgata as discussões acerca da mestiçagem e do Nordeste brasileiro. A metodologia utilizada é a pesquisa bibliográfica, análise de documentos oficiais e do Censo Demográfico, com triangulação destas fontes.References
ALBUQUERQUE JR., Durval Muniz de. A invenção do Nordeste e outras artes. 4ª ed. Recife: FJN; Ed. Massangana; São Paulo: Cortez, 2009.
ALBUQUERQUE, Wlamyra, FRAGA, Walter. “África e Africanos no Brasil”.In: Uma História do Negro no Brasil. Salvador/Brasília:CEAO/Fundação Palmares, 2006. Cap. 2.
Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/39116333/albuquerque-wlamyra-uma-historia-do-negro-no-brasil
CASCUDO, Câmara. Dicionário do Folclore Brasileiro. Instituto Nacional do Livro, Ministério da Educação e Cultura. 1954.
DANTAS, Beatriz G. et al. “Os povos indígenas no Nordeste brasileiro: um esboço histórico”. In: Cunha, Manuela Carneiro da (org.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras: SMC: FAPESP, 1992, p.431-456.
ENNES, Marcelo. A Imigração estrangeira em Sergipe (1875-1930). In: História [online]. 2011, vol.30, n.2, pp.312-334. ISSN 1980-4369.
GUIMARÃES, Antonio S. A. Como trabalhar com raça em Sociologia. Universidade de São Paulo. In: Educação e Pesquisa, São Paulo, v.29, n.1, p. 93-107, jan./jun. 2003.
Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ep/v29n1/a08v29n1.pdf.
GUIMARÃES, Antonio S. A. Racismo e Antirracismo no Brasil. In: Novos Estudos CEBRAP N° 43, novembro 1995, pp. 26-44. 1995.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 11ª ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
MOURA, Clóvis. Dialética racial do Brasil negro. São Paulo, Editora Anita Ltda. 1994.
MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra. Editora Vozes, 1999.
NOGUEIRA, Oracy. Preconceito de Marca. As Relações Raciais em Itapetininga. São Paulo: Edusp. 245 pp. 1998.
OLIVEIRA, João Pacheco de. Pardos, mestiços ou caboclos: os índios nos censos nacionais no Brasil (1872-1980). In: Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 3, n. 6, p. 61-84, out. 1997.
RIBEIRO, Darcy (1995). O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Cia das Letras.
SANSONE, Livio. Nem somente preto ou negro: o sistema de classificação racial no Brasil que muda. In: Afro-Ásia, nº 17. 1997.
SANTANA, Nara M.C. SANTOS; R.A. Projetos de modernidade: autoritarismo, eugenia e racismo no Brasil do século XX. In: Revista de Estudios Sociales, v. 58, p. 28-38, 2016.
SANTOS, Gevanilda. Relações raciais e desigualdades no Brasil. Editora: Selo Negro Edições. 2009.
SANTOS, Ricardo Augusto dos. Os intelectuais eugenistas: Da abundância de nomes a escazzes de investigação. (1917-1937). In: VII Simpósio Nacional Estado e Poder: sociedade civil, 2012.
SCHWARCZ, Lilia. O espetáculo das Raças. Cientistas, instituições e questão racial no Brasil, 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
SILVA, Rodrigo Caetano. A Fragmentação da Escravidão no Piauí: exportação de cativos e a entrada de flagelados da seca. In: Revista Vozes, Pretérito & Devir. Ano V, Vol. VIII, Nº I (2018). ISSN: 2317-1979.
Disponível em: http://revistavozes.uespi.br/ojs/index.php/revistavozes/article/view/184/195
SILVA, Edson. Índios no semiárido nordestino: (re)conhecendo sociodiversidades. CLIO: Revista de Pesquisa Histórica - CLIO (Recife), ISSN: 2525-5649, n. 35, p. 254-272, Jan-Jun, 2017.
SILVA, Edson. Os índios no nordeste e as pesquisas históricas: as influências do pensamento de John Monteiro. In: Fronteiras & Debates Macapá, v. 2, n. 1, jan./jun. Disponível em: https://periodicos.unifap.br/index.php/fronteiras.
TEIXEIRA, Rosane. Imigração de trabalhadores estrangeiros no Nordeste, final do século XIX e início do século XX. In: ANPUH, XXIII Encontro Estadual de História, São Paulo, 2016.
Disponível em: http://www.encontro2016.sp.anpuh.org/resources/anais/48/1467749675_ARQUIVO_Teixeira,RosaneS.ANPUH-SP.pdf
https://censo2010.ibge.gov.br/not%C3%ADcias-censo.html?busca=1&idnoticia=2507&t=ibge-mapeia-distribuicao-populacao-preta-parda&view=noticia. Acesso em 30 maio 2020.
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_unidades_federativas_do_Brasil_por_porcentagem_de_ra%C3%A7a>. Acesso em 31 maio 2020.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
The copyrights of originals and translations published are automatically assigned to Revista Maracanan. The information contained in this papers are the sole responsibility of the authors.
The Copyright of the published articles belong to Revista Maracanan, with works simultaneously licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License, which allows the sharing of work with mandatory recognition of authorship and initial publication in this journal, under the same license and for non-commercial purposes.
The Revista Maracanan is licensed with a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 Internacional License.