Crise do capital e crise da gestão estatal: a socialdemocracia e o Brasil Potência

Autores

  • Ana Elisa Cruz Corrêa Universidade Federal de Minas Gerais e Universidade Federal do Rio de Janeiro.

DOI:

https://doi.org/10.12957/revmar.2018.31511

Palavras-chave:

Crise do Capital, Crise do Estado, Autocontradição do Capital, Socialdemocracia, Gestão da Barbárie

Resumo

Neste artigo pretendemos problematizar as (im)possibilidades de gestão do Estado perante a atual crise sistêmica – econômica, política e social – que temos vivenciado no Brasil. Buscamos refletir sobre os projetos das esquerdas que se propõem a uma gestão estatal que levaria a   retomada de políticas de desenvolvimento nacional combinada a políticas compensatórias de mitigação da desigualdade social. Para tal, nos remetemos às concepções de Marx da crise fundada na autocontradição do capital visando refletir sobre os processos de crise, no centro e na periferia, ao longo do século XX. Com isso, trazemos elementos para analisar a experiência gestora do Partido dos Trabalhadores ao longo dos anos 2000 como parte integrada à dinâmica do capitalismo mundial e seus processos amplamente destrutivos mediante a permanente busca pela valorização do valor.

Biografia do Autor

Ana Elisa Cruz Corrêa, Universidade Federal de Minas Gerais e Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Professora de Sociologia no Colégio Técnico da Universidade Federal de Minas Gerais (Coltec-UFMG) e doutoranda pela Escola de Serviço Social na Universidade Federal do Rio de Janeiro (ESS-UFRJ).

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Publicado

2018-01-16

Como Citar

Corrêa, A. E. C. (2018). Crise do capital e crise da gestão estatal: a socialdemocracia e o Brasil Potência. Revista Maracanan, (18), 218–238. https://doi.org/10.12957/revmar.2018.31511