Um museu de grandes novidades: capital fictício, fundo público e a economia política da catástrofe

Autores

  • Javier Blank Escola de Serviço Social da Universidade Federal Fluminense (UFF)

DOI:

https://doi.org/10.12957/revmar.2018.31321

Palavras-chave:

Capital Fictício, Fundo Público, Crise do Capital, Economia Política da Catástrofe

Resumo

Neste artigo afirma-se a urgência de superar o senso comum que interpreta fenômenos novos a partir de análises anacrônicas. Recupera-se a noção de capital fictício de Marx e afirma-se o seu papel predominante na dinâmica atual de acumulação de capital. Por meio da ficcionalização da riqueza, a riqueza futura potencial antecipa-se como riqueza atual. Isso produz uma nova relação do presente com o futuro. Os efeitos catastróficos que essa lógica produzirá no futuro acabam se internalizando como base da própria produção da riqueza. A partir disso, formula-se a ideia de uma economia política da catástrofe. Considerando a participação da ficcionalização da riqueza na formação do fundo público, questiona-se a compreensão frequente que interpreta o fundo público como sendo exclusivamente formado por mais-valia previamente produzida e apropriada pelo Estado. Finalmente, extraem-se algumas considerações sobre o horizonte das lutas sociais a partir da compreensão dessas profundas novidades que apresenta atualmente o capitalismo, que é aqui considerado livremente um museu, que tenta ao mesmo tempo manter uma forma fixa e cada vez mais anacrônica.

Biografia do Autor

Javier Blank, Escola de Serviço Social da Universidade Federal Fluminense (UFF)

Comunicador Social (UNC, Córdoba, Argentina) e Doutor em Serviço Social (UFRJ). Professor Adjunto da Escola de Serviço Social da Universidade Federal Fluminense (Niterói). A partir da crítica do valor vem pesquisando a lógica do capital fictício e as funções do Estado no capitalismo contemporâneo. É violonista e compositor.

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Publicado

2018-01-16

Como Citar

Blank, J. (2018). Um museu de grandes novidades: capital fictício, fundo público e a economia política da catástrofe. Revista Maracanan, (18), 181–197. https://doi.org/10.12957/revmar.2018.31321