Dimensão temporal da(s) crise(s)
DOI:
https://doi.org/10.12957/revmar.2018.31088Palavras-chave:
Crise, Brasil Contemporâneo, DesenvolvimentoResumo
O presente estudo visa a refletir sobre uma das dimensões da crise que é a questão temporal, cara à História e fundamental à sociedade humana, envolvendo aspectos mais profundos, relativos ao presente, ao passado, às heranças e memórias, mas também aos projetos de futuro. Por meio de aporte bibliográfico far-se-ão alguns apontamentos sobre a relação entre tempo e desenvolvimento capitalista, em geral, e como essa relação se manifesta atualmente, no Brasil. Como o epicentro da presente crise encontra-se na sociedade política, serão realizadas previamente algumas considerações de caráter teórico e histórico, recorrendo a autores e obras que ajudam a elaborar alguns fios explicativos e a encontrar significados em um aparente “caos” de “verdades” naturalizadas.
Referências
ALMEIDA, Alfredo Wagner Berno de. A ideologia da decadência. Leitura antropológica a uma história da agricultura do Maranhão. São Luís: IPES, 1983.
ANDRADE, Carlos Drummond. Confidência de um Itabirano. Obra completa. São Paulo: Aguillar, 1967.
ARRIGHI, Giovanni. O longo século XX. São Paulo: Unesp, 1994.
BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido desmancha no ar. A aventura da modernidade. São Paulo: Companhia das Letras, 1986.
BLOCH, Marc. Apologia da história, ou, O ofício do historiador. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
BORDONI, C. Uma definição de crise. In: BAUMAN, Z.; BORDONI, C. Estado de crise. Rio de Janeiro: Zahar, 2016.
BOSI, Alfredo. O tempo e os tempos. In: NOVAES, Adauto (org.). Tempo e História. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
BRAGA, Ruy. Apresentação. In: OLIVEIRA, Francisco de; RIZEK, Cibele (orgs.). Hegemonia às avessas. Economia, Política e Cultura na era da servidão financeira. São Paulo: Boitempo, 2010.
COELHO, E. Uma esquerda para o capital. O transformismo dos grupos dirigentes do PT (1979-1998). Feira de Santana, BA: UEFS, 2012.
COUTINHO, Carlos Nelson. A hegemonia da pequena política. In: OLIVEIRA, Francisco de; RIZEK, Cibele (orgs.). Hegemonia às avessas. Economia, Política e Cultura na era da servidão financeira. São Paulo: Boitempo, 2010.
ESCOBAR, A. La invención del Tercer Mundo. Construcción y deconstrucción del desarrollo. Caracas: Fundación Editorial El Perro y la Rana, 2007.
GRAMSCI, A. Cadernos do Cárcere. Vol. 2. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.
GUESNERIE, Roger. A economia de mercado. São Paulo: Ática, 1997.
HARVEY, David. A condição pós-moderna. Uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. São Paulo: Loyola, 1992.
HARVEY, David. O enigma do capital. E as crises do capitalismo. São Paulo: Boitempo, 2011.
HIRSCH, Joachim. Políticas Ambientais globais: o caso da biodiversidade. Caderno CRH, Salvador, n. 35, jul.-dez. 2001. Disponível em: https://portalseer.ufba.br/index.php/crh/article/download/18593/11967. Acesso em: 20 mar. 2016.
HOBSBAWM, Eric J. Era dos Extremos: o breve século XX, 1914-1991. São Paulo: Companhia da Letras, 1995.
KLEIN, Naomi. A doutrina do choque. A ascensão do capitalismo de desastre. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2018.
KRENAK, Ailton. Antes, o mundo não existia. In: NOVAES, Adauto (org.). Tempo e História. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
LA PORTA, Lelio. Crise orgânica. (Verbete). In: LIGUORI, Guido; VOZA, Pasquale (orgs.). Dicionário gramsciano. [S.n.t.].
LOBATO, Monteiro. Cidades mortas. São Paulo: Brasiliense, 1995.
MARQUES, Marcos Aurélio. Literatura e geografia. A poética do lugar em Tiago de Melo. 2010. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho.
MARX, Karl. A chamada acumulação primitiva. O Capital. Crítica da economia política. Livro I. Vol. II. São Paulo: Difel, 1985.
MELLO NETO, João Cabral de. Obra completa. Organização: Marly de Oliveira. Rio de Janeiro: Nova Aguillar, 1994.
MÉSZÁROS, István. O desafio e o fardo do tempo histórico: o socialismo no século XXI. São Paulo: Boitempo, 2007.
NANDY, Ashis. Estado. (Verbete). In: SACHS, W. (org.) Dicionário do Desenvolvimento. Guia para o conhecimento como poder. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
PASQUINO, G. Crise. (Verbete). In: BOBBIO, N. et al. (orgs.). Dicionário de Política. Brasília: EdUNB, 1993.
PAULA, Dilma A.; PEREIRA, Laurindo Mekie (orgs.). Desenvolvimento em Minas Gerais: projetos, agentes, viveres. Jundiaí, SP: Paco Editorial: 2017.
PAULA, Elder A. Capitalismo Verde e transgressões: Amazônia no espelho de Caliban. Dourados, MS: Ed. UFGD, 2013.
QUIJANO, Aníbal. La crisis del horizonte de sentido colonial/moderno/eurocentrado. Revista Casa de las Américas, n. 259-260, abr.-sep. 2010. Disponível em: http://www.casa.cult.cu/publicaciones/revistacasa/260/revistacasa260.php?pagina=revistacasa. Acesso em: 12 ago. 2015.
REGO, José Lins do. Fogo morto. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974.
RIECHMANN, Jorge. Tiempo para la vida. La crisis ecológica en su dimensión temporal. Málaga: Imprenta Montes, 2003.
ROUANET, Sergio Paulo. Por que o moderno envelhece tão rápido? Revista USP, São Paulo, n. 15 - dossiê “Walter Benjamim”, set.-nov. 1992.
THOMAS, K. O homem e o mundo natural. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.
THOMPSON, E. P. Tempo, disciplina de trabalho e capitalismo industrial. In: Costumes em comum. Estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
VASCONCELOS, José. La raza cósmica. México, DF: Porrúa, 2007.
WOOD, Ellen M. A origem do capitalismo. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à Revista Maracanan o direito de publicação, sob uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, a qual permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.
Os dados e conceitos abordados são da exclusiva responsabilidade do autor.
A Revista Maracanan está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.