Marcas identitárias e resistência cultural: festas e rituais no México
DOI:
https://doi.org/10.12957/revmar.2009.13640Resumo
No México atual, a população, em sua maioria descendente dos povos mexicas, reproduz em sua vida cotidiana práticas culturais, de seus antepassados. Durante as festas religiosas, mitos e ritos dos antigos mexicanos são retomados, como força de resistência cultural. Aquelas representações também revelam que além das permanências culturais indígenas, apropriações da cultura cristã introduzida com colonização espanhola. A cerimônia do Dia dos Mortos é também um ritual de integração social. Os familiares mortos e amigos falecidos, através de trilhas iluminadas os senderos luminosos - vêm festejar com os familiares vivos, a prosperidade e o legado que eles construíram para seus sucessores, lembrando os valores e as normas de comportamento de seus antepassados. Durante aqueles dias de festa, mortos e vivos rompem as barreiras da alteridade e do antropocentrismo, e se confraternizam. As relações entre a sociedade dos vivos e a dos mortos obedecem a uma ética fenomenológica, estabelecida pelos limites mais profundos e desconhecidos para as culturas ocidentais, que são os limites entre a vida e a morte. Essa nova dimensão, estranha e atraente, permanece, com suas ressignificações, até os dias atuais na cultura mexicana.
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