Editorial LOGOS 54

Abstract

O contexto faz estremecer a vida e precisamos aprender a caminhar
sobre a instabilidade.
No desenrolar dos acontecimentos provocados pelo novo corona vírus
(covid-19 ou vírus SARSCOv-2), nos deparamos com uma pluralidade de
encerramentos e possibilidades, como no filme Doutor Estranho (Scott
Derrickson, 2016), a intensa abertura e fechamento de mundos, portais,
espaços e tempos. Diante das vertiginosas reviradas de perspectivas, muitos
efetivamente se mantiveram em casa, outros adotaram medidas preventivas
e flexíveis e, ainda alguns outros, recusaram os perigos e avisos e seguiram
como se o mundo ainda fosse o mesmo de Outubro ou Novembro de 2019.
Narrativas audiovisuais, literaturas, novas e velhas mídias, geopolíticas,
questões raciais, feministas, LGBTQIA+, indígenas, de classe, e tantas outras
emergem como discursos e lutas afiadas no redemoinho das histórias.
Os pensamentos seguiram o confuso fluxo das coisas e dos movimentos
humanos: desaceleraram, sideraram, caíram em vertigem, aceleraram mais
uma vez.