Oralidade e poder hierárquico nas organizações/terreiros do Batuque Gaúcho: entre o direito sagrado de fala e o dever de escuta atenta
DOI:
https://doi.org/10.12957/logos.2022.69986Palavras-chave:
Oralidade, Relações de Poder, Batuque GaúchoResumo
Neste artigo refletimos sobre a oralidade no Batuque Gaúcho. Nessa direção, o principal objetivo é o de problematizar a oralidade nos processos de instituição de poder hierárquico nessas organizações/terreiros. Para isso, empreendermos revisão bibliográfica e acionamos dados de pesquisa empírica realizada por [ocultado para avaliação cega], que consistiu na realização de entrevistas com sete pais/mães de santo. Os dados empíricos foram interpretados à luz da análise de conteúdo (BARDIN, 2016). Como principais resultados inferimos que a oralidade é, em si, materialização de poder hierárquico (o poder de fala outorgado e legitimado), exige escuta e atenção (submete os sujeitos que não têm o poder de falar a observação), bem como gera disputas e reordenamento na estrutura de poder (hierarquia).
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