Disjunções dos processos de patrimonialização: identidades negras em territórios etnográficos
DOI:
https://doi.org/10.12957/intratextos.2018.34056Palavras-chave:
Patrimônio Cultutal, Identidade, NegritudeResumo
O olhar etnográfico, registrado em instantes de manifestações transcorridas nas ruas, trazem luz o protagonismo da coletividade que tem consciência do seu lugar na sociedade, nas lutas cotidianas para poder se manifestar, permanecer, sobreviver, viver, ser. Entre Folias e Cavalhadas, os Reinados de Divinópolis, Carmo do Cajuru e São Gonçalo do Pará, e as Congadas e Moçambiques de São Sebastião do Paraíso, Pratápolis, Itaú de Minas e Passos; tornam híbridas expressões de catolicismo popular e de religiosidades negras, que se agregam pela força da fé em performances rituais.
Cunha-se, nesta seara de falar com outro, não somente sobre o outro, a ponte entre a teoria antropológica e seus campos conexos, tendo a etnografia e o patrimônio cultural campos profícuos. O deslocamento do eixo promove a busca por outro balanço entre aquilo que é relevante e estruturante para o grupo etnografado. A polifonia passa a ser para além de uma experiência, é a gênese, o modelo de narrativa, o paradigma de construção do conhecimento.