Um percurso pela tratadística do padre Alexandre de Gusmão (SJ, 1629-1724)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/intellectus.2025.86063

Palavras-chave:

Séculos XVII e XVIII, América Portuguesa, Companhia de Jesus

Resumo

Este artigo propõe um resgate da obra impressa de Alexandre de Gusmão, considerando-o não só como fundador do Seminário de Belém da Cachoeira, na Bahia, mas também como jesuíta letrado de seu tempo. Responsável por diferentes escritos espirituais voltados a um amplo auditório aquém e além-mar, Gusmão classificou seis de seus impressos enquanto tratados, a saber: Escola de Bethlem (1678); Arte de crear bem os Filhos (1685); Rosa de Nazareth (1715); Eleyçam entre o Bem, & Mal Eterno (1720); O Corvo, e a Pomba da Arca de Noé (1734); Arvore da Vida, Jesus Crucificado (1734). Com o fito de identificarmos diálogos de Gusmão com autoridades antigas ou coevas, serão destacados aspectos de invenção, disposição e elocução, com destaque à variedade que um mesmo gênero, o tratado, assume nas diferentes espécies da produção gusmaniana.

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Biografia do Autor

Isabel Scremin da Silva, Universidade de São Paulo, Brasil

Doutoranda em Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo (FFLCH-USP). Mestre em Literatura Portuguesa pela mesma instituição, sua dissertação aborda os impressos do jesuíta Alexandre de Gusmão (1629-1724). Graduada em Letras - Bacharelado em Português pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, 2019).

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Publicado

2025-01-13

Como Citar

SCREMIN DA SILVA, Isabel. Um percurso pela tratadística do padre Alexandre de Gusmão (SJ, 1629-1724) . Intellèctus, Rio de Janeiro, v. 24, n. 1, p. 51–71, 2025. DOI: 10.12957/intellectus.2025.86063. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/intellectus/article/view/86063. Acesso em: 21 maio. 2025.