O Instituto Nacional do Cinema Educativo e o Departamento de Imprensa e Propaganda: o Cinema e o Estado no Brasil de 1930 a 1945

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/intellectus.2023.77884

Palavras-chave:

Instituto Nacional do Cinema Educativo, Departamento de Imprensa e Propaganda, Governo Vargas

Resumo

Este artigo tem por objetivo discutir as influências do pensamento autoritário presentes nos veículos de comunicação e principalmente nas produções cinematográficas concebidas pelos órgãos estatais – o Instituto Nacional do Cinema Educativo (INCE) e o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) – no período compreendido entre 1930 e 1945. A influência dos regimes autoritários, implantados na Europa após a Primeira Guerra Mundial, é perceptível - direta ou indiretamente – nos veículos de comunicação criados por Getúlio Vargas, principalmente no cinema, seja pelos filmes educativos, seja pelos cinejornais.

 

Biografia do Autor

Rosângela de Mendonça Guimarães, Universidade Salgado Oliveira

Historiadora formada pela UFMG. Mestre em Ciências Sociais pela PUC-MG, na área Cidades e Cultura. Trabalhou em diversas instituições culturais, como o CraV, hoje Museu da Imagem e do Som de Belo Horizonte; Fundação e Memorial Tancredo Neves; Rádio Inconfidência; Centro de Arte Popular-Circuito Praça da Liberdade; assessora da presidência no Palácio das Artes entre outras. Atuou como chefe de gabinete e  assessora da Superintendência do IPHAN-MG. Hoje , cursa o doutorado na Universidade Salgado Oliveira

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Publicado

2023-12-12

Como Citar

Guimarães, R. de M. (2023). O Instituto Nacional do Cinema Educativo e o Departamento de Imprensa e Propaganda: o Cinema e o Estado no Brasil de 1930 a 1945. Intellèctus, 22(2), 44–63. https://doi.org/10.12957/intellectus.2023.77884