História, resistências e conexões no agrário mexicano: da globalização da agricultura à formação do EZLN
DOI:
https://doi.org/10.12957/intellectus.2023.73699Palavras-chave:
Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), Globalização da agricultura, História globalResumo
O presente trabalho analisa a conexão histórica do estabelecimento do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) com o processo de globalização da agricultura no México. A inserção dependente no capitalismo global provocou profundas mudanças tecnológicas e a submissão da agricultura mexicana ao capital financeiro e industrial. Nesse contexto é gestado historicamente o EZLN. A análise utiliza a abordagem teórica da história global para compreender a interação dialética dos sujeitos sociais com a modernização capitalista da agricultura. O movimento é compreendido enquanto uma experiência de resistência social no território latino-americano, constituída a partir da dialética do conflito, ou seja, da capacidade dos atores sociais mobilizarem saberes populares e científicos no processo de luta social ao enfrentamento das contradições econômicas, sociais e políticas originadas pela globalização da agricultura. Nesse fazer histórico, os zapatistas produziram a identidade coletiva e o ideário do grupo.
Referências
ARELLANO, A. B. Y (2002). As raízes do fenômeno Chiapas: o já basta da resistência zapatista. São Paulo: Alfarrábio Editora.
CENTRO DE INFORMACIÓN Y ANÁLIS DE CHIAPAS (1997). Chiapas em cifras: para entender Chiapas. México - DF: Ciach.
CONRAD, Sebastian (2019). O que é história global. Lisboa: Edições Almedina.
DE VOS, J (2002). Una tierra para sembrar sueños. México - DF: FCE.
ELIAS, D (2002). Globalização e agricultura no Brasil. Geo UERJ Revista do Departamento de Geografia, Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, p. 23-32, jul./dez.
ELIAS, D (2003). Globalização e agricultura: a região de Ribeirão Preto - SP. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo.
GENARI, E [s/ed.]. Terra e Liberdade: o grito de Zapata corre o mundo. São Paulo, .
FERNANDES, F (2006). A revolução burguesa no Brasil: ensaio de interpretação sociológica. São Paulo: Globo.
GADEA, C (2004). Acciones Coletivas y modernidad. México: UNAM.
IANNI, O (1979). Ditadura e agricultura: o desenvolvimento do capitalismo na Amazônia 1964-1978. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
IANNI, O (1996). A era do globalismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
LIMA, Henrique Espada (2015). No baú de Augusto Mina: o micro e o global na história do trabalho. Topoi, Rio de Janeiro, v. 16, n. 31, p. 571-595, jul./dez.
LLANCAQUEO, V. T (2005). Políticas indígenas y derechos territoriales en América Latina: 1990-2004. In: DÁVALOS, P. (Org.). Pueblos indígenas, estado y democracia. Buenos Aires: Clasco.
MÉXICO (2020). Programa de Certificación de Derechos Ejidales y Titulación de Solares. Disponível em: <http://www.pa.gob.mx/Procede/info_procede.htm#definicon>. Acesso em: 15 mar.
MORENO, J. M (2001). México, un pueblo testimonio: los índios y la nación en nuestra América. México - DF: Plaza y Valdés.
OLIVEIRA, A. U (1991). Integrar para não entregar: políticas públicas e Amazônia. 2. ed. Campinas - SP: Papirus.
PIÑEIRO, D (2004). En busca de la identidad: la acción colectiva en los conflictos agrários. Buenos Aires: Clacso.
PLOEG, J. D (2008). Camponeses e impérios alimentares: lutas por autonomia e sustentabilidade na era da globalização. Porto Alegre: Editora da UFRGS.
PORTO-GONÇALVES, C. W (2017). A globalização da natureza e a natureza da globalização. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
ROSSET, P (2004). O bom, o mau e o feio: a política fundiária do Banco Mundial. In: MARTINS, M. D. (Org.). O Banco Mundial e a Terra: ofensiva e resistência na América Latina, África e Ásia. São Paulo: Viramundo.
TANAKA, L. S (2004). A reforma agrária mexicana: do ejido à privatização. In: MARTINS, M. D. (Org.). O Banco Mundial e a Terra: ofensiva e resistência na América Latina, África e Ásia. São Paulo: Viramundo.
TOURAINE, Alain (1994). Crítica da modernidade. Petrópolis - RJ.
URZÚA, G. C (1994). EZLN: el ejército que salió de la selva. México - DF: Planeta.
WASSERSTROM, R (1992). Clase y sociedad en el centro de Chiapas. México: Fondo de Cultura Econômica.
WOLF, E (1984). Guerras camponesas do século XX. São Paulo: Global.
WOMACK, J (1998). Chiapas: El obispo de San Cristóbal y la revuelta zapatista. México: Cal y Arena.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista Intellèctus o direito de publicação, sob uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, a qual permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.
Os dados e conceitos abordados são da exclusiva responsabilidade do autor.
A revista Intellèctus está licenciada com uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional