A história como pesadelo: a representação alegórica da Argentina peronista no romance El examen (1950) de Julio Cortázar
DOI:
https://doi.org/10.12957/intellectus.2019.40625Palavras-chave:
Julio Cortázar, literatura argentina, peronismoResumo
Entre os anos 1945 e 1955, os argentinos viveram sob o governo de Juan Domingo Perón, período que ficaria conhecido como a “Década Peronista”. Nesta, práticas autoritárias e demagógicas conviveram com significativas mudanças na estrutura política do país, sendo a participação das massas populares nos comícios organizados pela máquina estatal o seu maior símbolo. Neste artigo, procuraremos ver como a literatura argentina, majoritariamente um produto das classes médias de Buenos Aires contrárias ao governo, internalizou os debates de sua época e construiu uma representação própria do regime peronista. Para isto, analisaremos o romance El examen (1950), de Julio Cortázar, de escrita contemporânea ao fervor dos anos peronistas e que os representa de maneira alegórica e sob o signo do pesadelo.
Referências
Fontes
CORTÁZAR, Julio (1987 [1986]). El examen. Madrid: Alfaguara.
Referências bibliográficas
AVELLANEDA, Andrés (2014). El habla de la ideología: modos de réplica literaria en la Argentina contemporánea. Buenos Aires: Editorial Eudeba.
AVELAR, Idelber (2003). Alegorias da derrota: a ficção pós-ditatorial e o trabalho do luto na América Latina. Belo Horizonte: Editora UFMG.
BERMAN, Marshall (2007). Tudo o que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade. Trad. Carlos Felipe Moisés e Ana Maria L. Ioriatti. São Paulo: Companhia das Letras.
DULITZKY, Alejandro (2010). El escritor desclasado: Julio Cortázar y la sociedad argentina del peronismo clásico. Revista Pensar. Epistemología y Ciencias Sociales. Rosario, no. 5, pp. 29-37.
FORASTELLI, Fabricio (2012). “Pobre pibe”, “lindo pibe”. Notas sobre peronismo y estilística a partir de “Torito” de Julio Cortázar (1954). Revista del Ciffyh Área Letras. Córdoba, no. 3, pp. 1-18.
GARCÍA MARTÍN, Luis (1987). El examen: La prehistoria de Julio Cortázar. Cuadernos Hispanoamericanos. Madrid, n. 444, pp.153-156, jun.
GAMERRO, Andrés (2010). Ficciones barrocas: una lectura de Borges, Bioy Casares, Silvina Ocampo, Cortázar, Onetti y Felisberto Hernández. Buenos Aires: Ed. Eterna Cadencia, Kindle Edition.
GAMERRO, Andrés (2015). Facundo o Martín Fierro. Buenos Aires: Sudamericana, Kindle Edition. GORELIK, Adrián (2004). Miradas sobre Buenos Aires: historia cultural y crítica urbana. Buenos Aires: Siglo Veintiuno.
GUERRA CASTELLANOS, Francisco Emilio de la (2000). Julio Cortázar, de literatura y revolución en América Latina. México: Unión de Universidades de América Latina.
HALPERÍN DONGHI, Tulio (1995). Argentina en el callejón. Buenos Aires: Ariel. MONTES-BRADLEY, Eduardo (2014). Cortázar sin barba. Barcelona: Red Ediciones. NEIBURG, Federico (1997). Os intelectuais e a invenção do peronismo. Trad. Vera Pereira. São Paulo: Edusp.
NORA, Pierre (1993). Entre memória e história: a problemática dos lugares. Projeto História. Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em História e do Departamento de História da PUC-SP. São Paulo, n. 10, pp. 7-28, dez.
ORLOFF, Carolina (2015). La construcción de lo político en Julio Cortázar. Buenos Aires: Ediciones Godot, Kindle Edition.
PIGLIA, Ricardo (2001). Sobre Cortázar. In: PIGLIA, Ricardo. Crítica y ficción. Barcelona: Ed. Anagrama, pp. 45-49.
PLOTKIN, Mariano Ben (2005). El día que se inventó el peronismo. La construcción del 17 de Octubre. Buenos Aires: Sudamericana, Kindle Edition.
SARLO, Beatriz (2005). A paixão e a exceção: Borges, Eva Perón, Montoneros. Trad. Rosa Freire d’Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras; Belo Horizonte: Editora UFMG.
TERÁN, Oscar (2008). Historia de las ideas en la Argentina: diez lecciones iniciales, 1810-1980. México, D.F.: Siglo Veintiuno.
VIÑAS, David (1974). Literatura argentina y realidad política: de Sarmiento a Cortázar.
Buenos Aires: Ediciones Siglo Veinte.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista Intellèctus o direito de publicação, sob uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, a qual permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.
Os dados e conceitos abordados são da exclusiva responsabilidade do autor.
A revista Intellèctus está licenciada com uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional