Continuidade ou ruptura na História do Brasil Império?
DOI:
https://doi.org/10.12957/intellectus.2019.36828Palavras-chave:
continuidades, Brasil Império, forças sociaisResumo
O artigo, num esforço historiográfico, busca demonstrar como ao longo da história do Brasil Império as ações políticas de grupos dirigentes do Estado contrastaram, mesclaram-se ou mesmo coexistiram com atuações dos grupos sociais distantes entre si. O resultado da interação dessas diversas forças sociais: trabalhadores, burocratas, profissionais liberais, comerciantes, homens livres pobres, escravizados e libertos teria produzido uma temporalidade própria na História do Império marcada pelas transformações situadas num ponto entre a inércia e a rapidez. A partir da análise dos artigos da Revista do IHGB produzidos no século XIX e de obras escolhidas dentre produção de historiadores reconhecidos que abarcam a Independência, Regência e o Segundo Reinado, o artigo destaca, primordialmente, as continuidades temporais em detrimento de rupturas, colocando em dúvida a síntese como produto necessário do embate de forças históricas.
Palavras-Chave: continuidades, Brasil Império, forças sociais
Referências
Fontes
FALAS AO TRONO [1977]. Desde o ano de 1823 até o ano de 1889. Pref. Pedro Calmon. Brasília: INL.
SÃO LEOPOLDO, Visconde [1842]. Discurso a sua Magestade no aniversario de seu natallicio. R.IHGB, Rio de Janeiro, vol. 4, n. 13, pp. 519-530, dez. Disponível em:https://drive.google.com/file/d/0B_G9pg7CxKSsMG13UHpyWElja0U/view. Acesso em: 12 ago. 2018.
TAUNAY, Visconde [1914] Notas de Pedro II. R.IHGB. Rio de Janeiro, tomo 78, pp. 69-80. Disponível em: https://ihgb.org.br/publicacoes/revista- ihgb/itemlist/filter.html?searchword438-from=1914&searchword438- to=1914&modul. Acesso em: 12 ago. 2018.
REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRAPHICO BRASILEIRO [1917]. Edição sobre a Independência do Brasil. Rio de Janeiro, n. 79, 1917. Disponível em:https://drive.google.com/file/d/0B_G9pg7CxKSsajY1UEtEdFBhc2M/view. Acesso em: 12 ago. 2018.
Referências Bibliográficas
ALONSO, Angela (2009). Apropriação de Ideias no Segundo Reinado. In: GRINBERG, Keila; SALLES, Ricardo. (Org.). O Brasil Imperial 1870-1889. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, vol. 3, pp. 85-118.
ASSUNÇÃO, Mathias Rohring (1998). Histórias do Balaio: historiografia, memória oral e origens da Balaiada. Revista Brasileira de História Oral. São Paulo, n.1, pp. 67-89.
AZEVEDO, Elciene (1999). Orfeu de carapinha: a trajetória de Luiz Gama na imperial cidade de São Paulo. Campinas: Editora da UNICAMP, Cecult.
BAKER, Keith (1989). Introduction. In: BAKER, Keith (Ed.). The French Revolution and the Creation of Modern Political Culture: the Political Culture of Old Regime. Oxford: Pergamon, vol. 1, pp. XI-XXIV.
BARBOSA, Silvana Mota (2001). A Sphinge Imperial: o poder moderador e a política Imperial. Tese (Doutorado). Universidade Estadual de Campinas.
BOSI, Alfredo (1992). Dialética da Colonização. Rio de Janeiro: Companhia das Letras.
CARVALHO, José Murilo de (1996). Cidadania: Tipos e Percurso. Estudos Históricos.
Rio de Janeiro, vol. 9, n.18, pp. 337-360.
CARVALHO, José Murilo de (2007). Liberalismo, radicalismo e republicanismo nos anos sessenta do século dezenove . Working Paper 87. Oxford: Center for Brazilian Studies, University of Oxford. Disponível em: http;//www.brazil.ox.ac.uk/-data/assets/pdf`- file/0003/9327/WP87-murilo. pdf. Acesso em: 03 ago. 2018.
DIAS, Maria Odila da Silva Leite. Aspectos da Ilustração no Brasil. RIHGB. Rio de Janeiro, n.278, p.105 - 170,1968.
DIAS, Maria Odila da Silva Leite (2005). A interiorização da metrópole e outros estudos. 2ª Edição. São Paulo: Alameda.
FRAGOSO, João Luís Ribeiro (1998). Homens de Grossa Aventura: Acumulação e Hierarquia na Praça Mercantil do Rio de Janeiro. 2ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
GRAHAM, Richard (1997). Clientelismo e Política no Brasil do século XIX. Rio de Janeiro: Ed. da UFR.
GUIMARÃES, Lúcia Maria Paschoal (2006). Circulação de Saberes, Sociabilidades e Linhagens Históricas: dois Congressos de História Nacional (1914-1949). In. GUIMARÃES, Manoel Luiz Salgado. Estudos sobre a escrita da História. Rio de Janeiro: 7 Letras, pp.162- 181.
GUIMARÃES, Lúcia Maria Paschoal (2011). Debaixo da Imediata Proteção Imperial. São Paulo: Annablume.
GUIMARÃES, Manoel Luis Lima Salgado (1988). Nação e Civilização nos Trópicos: o Instituto Histórico Geográfico Brasileiro e o projeto de uma história nacional. Estudos Históricos. Rio de Janeiro, vol.1, n.1, pp. 5-27.
HARTOG, François (2013). Regimes de Historicidade. Presentismo e Experiências do Tempo. Belo Horizonte: Autêntica Editora.
HEGEL, Georg W. Friedrich (2013). A Razão na História. Coleção Textos Filosóficos. Rio de Janeiro:Edições 70.
HEGEL, Georg W. Friedrich (2008). Lições de Filosofia da História. Brasília: UNB- EDU.
HOLANDA, Sergio Buarque de (1976). História Geral da Civilização Brasileira. 3ª ed. Rio de Janeiro: Difel, t. 2, vol. 3, pp. 85-107.
KOSELLECK, Reinhart (2006). Futuro Passado. Contribuição à Semântica dos Tempos Históricos. Trad. Wilma Patrícia Mass e Carlos Ameida Pereira; revisão. Rio de Janeiro: Contraponto; Ed. PUC-Rio.
LYRA, Maria de Lourdes Vianna (1994). A Utopia do Poderoso Império. Rio de Janeiro: Sete Letras.
MACHADO, Humberto; NEVES, Lúcia Maria Bastos Pereira das (1999). O Império do Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
MARX, Karl; ENGELS, Frederich (1997). A ideologia Alemã. São Paulo: Grijalbo. MATTOS, Ilmar R (1994). O Tempo Saquarema. Rio de Janeiro: Acess.
MOMESSO, Beatriz Piva Momesso (2015). Letras, Ideias e culturas políticas: os escritos de Nabuco de Araújo (1843-1876). Tese (Doutorado em História Política), Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
NEVES, Lúcia Maria Bastos P. das |(2003). Corcundas e Constitucionais. A Cultura Política da Independência (1820-22). Rio de Janeiro: Ed Revan.
PESAVENTO, Sandra Jatahy (2017). Uma certa revolução Farropilha. In. Grinberg, Keila; SALLES, Ricardo (Orgs.). O Brasil Imperial, vol. II, 4a edição. Rio de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira.
REIS, João José; SILVA, Eduardo (1989). Levante dos Malês: uma interpretação política. In: Negociação, Conflito e Resistência Negra no Brasil Escravista. São Paulo: Cia das Letras, pp. 99-122,
RIBEIRO, Gladys Sabina (2002). Ser Português ou Ser Brasileiro. In. RIBEIRO, Gladys Sabina. A liberdade em construção: identidade nacional e conflitos antilusitanos no Primeiro Reinado. Rio de Janeiro: Relume Dumará, pp.27-142.
SILVA, Cristina Nogueira da (2002). Nação, territórios e populações nos textos constitucionais portugueses do século XIX. Revista da Faculdade de Direito da UNL. Lisboa, ano III, n.5, pp.61-71.
SLEMIAN, Andrea (2005). Seriam todos cidadãos? Os Impasses na Construção da Cidadania nos primórdios do constitucionalismo no Brasil (1823-1824) In. JANCSÓ, István. Independência: história e historiografia. São Paulo: Ed. Hucitec, pp. 829-847.
TERRA, Paulo Cruz. (2013) Cidadania e trabalhadores: cocheiros e carroceiros no Rio de Janeiro (1870-1906). Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura: Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro.
THOMPSON, E. P. (1998) Costumes em comum. Estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Companhia das Letras.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Os Direitos Autorais dos artigos publicados na Revista Intellèctus pertencem ao(s) seu(s) respectivo(s) autor(es), com os direitos de primeira publicação cedidos à Revista, com o trabalho simultaneamente licenciado sob uma LicençaCreative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, a qual permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2. O(s) autor(es) tem/têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), após o processo editorial, uma vez que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado. Nesse caso, deverão ser fornecidos o crédito apropriado e um link do repositório original.
A Revista Intellètus está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.