Golbery e a modernidade brasileira
Palavras-chave:
Nação, Modernidade, Ideologia, Mentalidade.Resumo
Sobre Golbery do Couto e Silva existem muitas referências e pesquisas acadêmicas, que contam a sua trajetória, principalmente após a instauração da Ditadura, em que fora o idealizador e primeiro chefe do Sistema Nacional de Informações, durante o governo de Castello Branco e, Ministro-Chefe da Casa Civil durante os governos de Ernesto Geisel e João Figueiredo, pedindo demissão do ministério em virtude da não punição dos responsáveis pelo atentado do Riocentro em 1981, feito em represália a política de reabertura. No entanto, poucos estudos existem sobre o seu ideário, que de certo modo, desenvolveu-se durante a sua passagem na Escola Superior de Guerra, ocorrido entre os anos de 1952 e 1955. Fundamental para compreender a elite que governara o Brasil durante a Ditadura; não tem estudos sobre o pensamento, a visão de Brasil de Golbery. Neste artigo, iremos demonstrar, de forma introdutória, a sua formação intelectual, tendo como ênfase a presença do sociólogo húngaro Karl Mannheim em seu pensamento, no tocante a questão da Planificação como alternativa a então decadente laissez-faire, marcando dessa forma a sua visão de Estado e administração pública, representando um projeto de modernidade para o Brasil, indo de encontro ao que apontam as pesquisas realizadas em torno desse personagem, marcadas pela sua visão de Política Internacional. Mas, durante o seu apogeu (1974-81) ele fora Ministro da Casa Civil, sendo responsável, em princípio, pelo assessoramento direto do Chefe do Poder Executivo na coordenação de ações de governo, inclusive de outros ministérios. Portanto, podemos inferir que as questões da política externa não eram as mais importantes para Golbery, e desde a sua estadia na ESG, o que mais o preocupava eram as questões da política doméstica.
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