Repensando a circulação e a adoção de crianças negras na família brasileira
Resumo
Este estudo objetiva realizar uma análise das formas de organização, resistência e proteção adotadas historicamente pelas famílias negras brasileiras diante das ações e determinações do Estado. A partir de análise bibliográfica, retomaremos o conceito de circulação historicamente compreendido pelos operadores do direito como uma prática nociva e prejudicial às crianças, a qual era adotada, sobretudo, por famílias negras e empobrecidas do país. Partimos do pressuposto de que esse era um mecanismo adotado por essas famílias para driblar a possibilidade de institucionalização dos filhos em espaços marcados pela violência, destruição de vínculos familiares, afastamento territorial da comunidade e adoções irregulares. Constatamos que se constitui na atualidade como forma de assegurar os direitos dessas crianças quando permite o acesso à família ampliada e à convivência com família paterna.
Palavras-Chave: circulação e adoção de crianças; família negra; mulheres negras; resistência; campo sociojurídico.
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PDFDOI: https://doi.org/10.12957/rep.2020.47216
ISSN: 1414-8609 | e-ISSN: 2238-3786 JournalDOI: http://doi.org/10.12957/rep