Novo-desenvolvimento, capital social e desigualdade social
Ana Cristina de Oliveira Oliveira, Vânia C. Motta
Resumo
Este artigo aborda a tendência de enfrentamento da desigualdade social a partir, no campo econômico, da versão do novo-desenvolvimentismo e, no campo político e ideológico, a partir da noção de capital social, na tentativa de realizar um "capitalismo com face mais humana". Discutiremos duas ordens de questões, considerando a especificidade da formação social brasileira de capitalismo dependente: 1) a “construção de Estados fortes” paraassegurar as condições de acumulação do capital, ampliando as margens do mercado de consumo, aliviando a pobreza e controlando possíveis tensões políticas e 2) a difusão da necessidade de construir uma sociedade em harmonia, que se traduz na incorporação da ética empreendedora dos empresários em todas as esferas sociais. Entendemos que este escopo político-econômico revela uma nova pedagogia da hegemonia, sustentada numa suposta alternativade gerenciamento das novas expressões da “questão social”, voltada para educar o conformismo e ocultar o conflito de classes.Palavras-chave: questão social; novo-desenvolvimentismo; capital social; inclusão forçada
DOI:
https://doi.org/10.12957/rep.2010.2615


ISSN: 1414-8609 | e-ISSN: 2238-3786 JournalDOI: http://doi.org/10.12957/rep
