Adjetivar a Psicologia?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2022.71758

Palavras-chave:

psicologia, política, identidade, diferença

Resumo

Este artigo analisa recentes iniciativas que têm interpelado o campo da psicologia clínica desde a perspectiva dos marcadores sociais da diferença, especialmente aquelas que se "adjetivaram" para fazer frente à suposta neutralidade da psicologia tradicional (psicologia feminista, psicologia preta, psicoterapias afirmativas etc.). Inicialmente, mapeia algumas dessas iniciativas, identifica seus objetivos e aponta suas estratégias de oposicionalidade. A seguir, a partir de um compilado de críticas lançadas a políticas de identidade em diferentes momentos históricos, elenca possíveis desafios, limites e riscos envolvidos nessas novas propostas: seriam as psicologias adjetivadas uma nova forma de essencialismo? Poderiam realmente evitar a reprodução acrítica de normatividades no espaço clínico? Que tipo de promessa terapêutica é veiculado por essas psicologias ao se adjetivarem? Em busca de evitar vícios analíticos, que saúdam prematuramente o aparecimento dessas perspectivas ou as rechaçam sob acusações de essencialismo, procura-se considerar o efeito que tais abordagens provocam na saúde mental enquanto um espaço de subjetivação. Por último, os autores oferecem sua visão sobre esse recente debate e sugerem algumas direções para novas pesquisas.

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Publicado

15-12-2022

Como Citar

Favero, S., & Kveller, D. B. (2022). Adjetivar a Psicologia?. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 22(4), 1499–1517. https://doi.org/10.12957/epp.2022.71758

Edição

Seção

Dossiê Psicologia, Política e Sexualidades: crises, antagonismos e agências