A Autoconsciência na Teoria de Aron Gurwitsch: Posição e Crítica
Resumo
O objetivo do presente trabalho é apresentar e discutir o modo como o filósofo lituano Aron Gurwitsch concebe o papel da autoconsciência (self-awareness) e da autoconsciência corporal (bodily self-awareness) no interior de sua teoria do campo de consciência. Em um primeiro momento, apresentamos as dimensões do campo de consciência realçando os princípios organizacionais que estão em jogo na integração entre as diferentes estruturas da experiência consciente. Esta contextualização permite compreender a posição ocupada pela autoconsciência naquilo que o filósofo denomina de "margem" da consciência, domínio da experiência caracterizado pela "irrelevância" ou indiferença em relação à apresentação temática – do objeto da atenção. Em um segundo momento, concentrar-nos-emos em descrever a autoconsciência da dimensão encarnada da existência, com o propósito de avaliar os critérios que permitem a Gurwitsch qualificar a autoconsciência corporal sob a rubrica do conceito de "irrelevância". Ao final, esboçamos certos questionamentos à posição de Gurwitsch desenhados a partir de críticas contemporâneas da fenomenologia e das ciências cognitivas à abordagem do autor.
Palavras-chave
Aron Gurwitsch; Autoconsciência; Consciência Marginal; Campo de consciência
DOI: https://doi.org/10.12957/epp.2020.56654
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