Gestalt-terapia e Empoderamento Feminino na Relação Terapêutica: Reverberações a partir do Atendimento Psicoterápico entre Mulheres

Autores

  • Giovana Fagundes Luczinski Universidade Federal de Pelotas - UFPel
  • Keyth Vianna UERJ
  • Renata Parente Garcia Centro Universitário Augusto Motta - Unisuam
  • Vanessa Hime Nunes
  • Alexandra Tsallis UERJ

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2019.49294

Palavras-chave:

gestalt-terapia, empoderamento feminino, relação terapêutica

Resumo

Este artigo tem por objetivo compartilhar possíveis reverberações da relação terapêutica, dentro da abordagem gestáltica, no processo de empoderamento feminino em psicoterapia. Partindo da ênfase relacional dada pela proposta teórica da Gestalt-terapia, este texto surge das vivências das autoras em seus consultórios de psicologia, refletindo sobre os desdobramentos dos encontros. Neste contexto, uma escuta atenta revela que os reflexos da cultura patriarcal são notórios nas demandas trazidas pelas mulheres que chegam ao setting terapêutico. Desde as insatisfações com o próprio corpo às dúvidas sobre escolha profissional; das relações conjugais às experiências (ou não) de maternidade, entre outras questões, observamos as exigências de uma sociedade machista ecoando sobre corpos femininos que, muitas vezes, incapazes de dar conta do "você deveria/não deveria", adoecem. Na contramão dos "deverias", a Gestalt-terapia nos instrumentaliza, através da relação terapêutica, a buscar, com cada mulher, seu modo próprio de existir-no-mundo, reconhecendo suas necessidades e construindo formas de atendê-las. Com isso, testemunhamos movimentos singulares de empoderamento feminino, os quais podem reverberar coletivamente nos contextos em que essas mulheres se posicionam e tecem novos encontros.

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Publicado

18-03-2020

Como Citar

Luczinski, G. F., Vianna, K., Garcia, R. P., Nunes, V. H., & Tsallis, A. (2020). Gestalt-terapia e Empoderamento Feminino na Relação Terapêutica: Reverberações a partir do Atendimento Psicoterápico entre Mulheres. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 19(4), 947–963. https://doi.org/10.12957/epp.2019.49294