O processo de desligamento laboral: vivências narradas por casais aposentados

Autores

  • Marcos Henrique Antunes Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
  • Dulce Helena Penna Soares Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
  • Carmen Leontina Ojeda Ocampo Moré Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2018.40449

Palavras-chave:

aposentadoria, trabalho, cônjuges, casal

Resumo

Este artigo analisa as vivências relacionadas ao processo de desligamento laboral na perspectiva de casais aposentados. Trata-se de um estudo qualitativo, no qual participaram 06 casais que encontravam-se aposentados há, pelo menos, um ano. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, e, posteriormente, organizados e analisados, seguindo os princípios da Grounded Theory. Os resultados mostraram que o contexto de vida dos participantes foi um fator determinante na decisão de aposentadoria, visto que as referências por eles apresentadas transitavam pelas experiências de amigos, colegas de trabalho e do cônjuge se aposentando, além do cansaço relacionado às atividades profissionais e as implicações das situações de violência social. Observou-se diferentes concepções e ideias sobre os significados da aposentadoria, as quais demonstraram tanto a possibilidade de usufruir do tempo livre do trabalho e expandir as redes de contato e convivência familiar e social, quanto posicionamentos que retrataram perdas a partir do desligamento laboral e suas consequências à vida do indivíduo. Por fim, destaca-se a importância de considerar o contexto relacional do trabalhador e do aposentado na intervenção com esses públicos, com a finalidade de constituir uma apreensão abrangente das condições potencialmente facilitadoras e/ou dificultadoras da adaptação a esse período.

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Publicado

27-02-2019

Como Citar

Antunes, M. H., Soares, D. H. P., & Moré, C. L. O. O. (2019). O processo de desligamento laboral: vivências narradas por casais aposentados. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 18(3), 793–811. https://doi.org/10.12957/epp.2018.40449

Edição

Seção

Psicologia Social