Entre embaraços, performances e resistências: a construção da queixa de violência doméstica de mulheres em uma delegacia

Autores

  • Ana Pereira dos Santos Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC-Minas
  • Roberta Carvalho Romagnoli Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC-Minas

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2017.37126

Palavras-chave:

violência, Lei Maria da Penha, subjetividades

Resumo

O artigo apresenta uma discussão sobre a construção da queixa de violência doméstica de mulheres em uma delegacia de polícia da cidade de Viçosa (MG). Pretendeu-se compreender como é construída a queixa de violência doméstica de mulheres levando em consideração as diferentes variáveis que incidem no momento da denúncia e para as pessoas nelas envolvidas. Os dados para estudo foram colhidos a partir de uma etnografia realizada durante o período de seis meses e que constituiu em uma pesquisa de mestrado. Compôs o conjunto de métodos a pesquisa participante, entrevistas em profundidade com mulheres acompanhadas durante suas queixas e com os policiais, registros em diário de campo e análise de documentos produzidos pela instituição. Os resultados demonstram que, mesmo após a lei Maria da Penha, o atendimento às mulheres e a compreensão da violência de gênero por parte dos policiais permanece sendo circunstanciado a partir de valores patriarcais e normativas de gênero que privilegiam a dominação masculina.

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Publicado

12-09-2018

Como Citar

Santos, A. P. dos, & Romagnoli, R. C. (2018). Entre embaraços, performances e resistências: a construção da queixa de violência doméstica de mulheres em uma delegacia. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 17(2), 454–474. https://doi.org/10.12957/epp.2017.37126

Edição

Seção

Psicologia Social