Mulheres e filhos encarcerados: uma realidade institucional

Autores

  • Ilka Franco Ferrari Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC Minas
  • Bárbara Morais Fam Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC Minas

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2016.33442

Palavras-chave:

prisioneiras, mães, bebês, psicanálise, direito

Resumo

Este artigo traz informações provenientes da primeira pesquisa realizada no "Centro de Referência à Gestante Privada de Liberdade", instituição prisional para mães e bebês, inaugurada em 2009, na cidade de Vespasiano, Minas Gerais. Trata-se de instituição criada com o propósito de humanizar a situação de grávidas e lactantes encarceradas com seus filhos, e é considerada modelo para a América Latina. Nesta pesquisa, realizada nos moldes de pesquisa participante,  o Centro de Referência foi considerado o objeto a ser estudado, e aqui são apresentados dados da etapa de conversações realizadas com prisioneiras e funcionárias, tal como a psicanálise as propõe. Inicialmente são pontuadas algumas interfaces entre a psicanálise e o campo jurídico, e a partir disso delineia-se a construção do texto de regras da instituição pesquisada para, em seguida, trazer recortes das conversações. As falas evidenciam o texto de regras da unidade sendo desconstruído pelos sujeitos nela inseridos, e revelam um fato no mínimo curioso: a maioria das mulheres preferia estar em uma instituição prisional comum.

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Publicado

21-05-2018

Como Citar

Ferrari, I. F., & Fam, B. M. (2018). Mulheres e filhos encarcerados: uma realidade institucional. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 16(4), 1153–1169. https://doi.org/10.12957/epp.2016.33442