Paradoxos da psicologia e da psicanálise durante a ditadura militar na Argentina

Autores

  • Mariela Ventura Universidad Nacional de Tucumán - UNT

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2015.17712

Palavras-chave:

psicanálise, psicologia, ditadura, paradoxos

Resumo

O seguinte estudo, do tipo histórico, trata da relação da psicanálise e a ditadura em Tucumán (Argentina), baseado em fontes do jornal La Gaceta (1976-1983), além de arquivos privados e testemunhas ‘chave'. Objetivou-se analisar alguns paradoxos, pois considera-se que constituem um estímulo poderoso para a reflexão. Entre eles encontramos: a formação de psicólogos nas mãos de médicos, os quais, no entanto, não os habilitavam ao exercício clínico; a legitimidade social da prática profissional, muito antes da sua legalidade; os espaços públicos clausurados, mas não os espaços privados de estudo; a lei do psicólogo assinada durante a ditadura; a falta de reconhecimento do psicólogo dentro do país em oposição ao seu status no exterior. Em conclusão, se em forma paradoxal a psicanálise sobreviveu durante a ditadura foi pela ‘paixão' a esta disciplina, que a tornou um lugar de ‘refúgio' para suportar o que não pode ser descrito.

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Publicado

30-07-2015

Como Citar

Ventura, M. (2015). Paradoxos da psicologia e da psicanálise durante a ditadura militar na Argentina. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 15(2), 784–790. https://doi.org/10.12957/epp.2015.17712

Edição

Seção

Comunicação de Pesquisa