A domesticação das singularidades. reflexões sobre o paradigma da prevenção – o caso da epidemia de HIV/AIDS

Autores

  • Camila Miranda de Amorim Secretaria de Saúde do Município de Miracema - RJ
  • Ana Maria Szapiro Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

Palavras-chave:

Risco, Prevenção, Dessingularização

Resumo

Refletindo sobre as estratégias de combate à epidemia de HIV/Aids, analisa-se o discurso da prevenção num quadro de subjetivação marcado pela constituição de permanente estado de alerta às situações de risco. Temos observado uma medicalização da vida com a importação para o campo da saúde da idéia de administrar riscos. Configura-se o surgimento de um projeto de vida saudável inflectido sobre os sujeitos, tendo como conseqüência uma padronização de estilos de vida. O uso da informação como estratégia preventiva, sabemos, visa à mudança de comportamentos. Deste modo, as práticas sexuais têm sido alvo de prescrições que objetivam transformá-las em práticas seguras a partir do conhecimento sobre a transmissão do HIV. Entretanto, as prescrições preventivas relacionadas às práticas sexuais vêem-se freqüentemente subestimadas frente à força da dimensão desejante do sujeito. Nesta perspectiva, considera-se que o poder de mudança atribuído ao conhecimento transmitido na prevenção requer o que denominamos “domesticação das singularidades”.

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Publicado

01-12-2008

Como Citar

Amorim, C. M. de, & Szapiro, A. M. (2008). A domesticação das singularidades. reflexões sobre o paradigma da prevenção – o caso da epidemia de HIV/AIDS. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 8(3), 646–657. Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/revispsi/article/view/10552