Pistas de um blackface para o consumo? Atravessamentos do capital nos processos de subjetivação do povo negro no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/rdciv.2023.69727

Resumo

Este artigo é um ensaio teórico que versa acerca de práticas mercadológicas num contexto de mercantilização de formas simbólicas da cultura afro-brasileira. Neste, alguns exemplos de produtos e serviços oferecidos no mercado com características alegadas como pertencentes à cultua negra são comparados sob dois aspectos: aqueles que se aproximam e comprometem com tradições culturais afrocentradas e aqueles que sugerem uma captura simbólica da cultura negra para fins comerciais. A análise de conteúdo guia a orientação metodológica do ensaio. Após revisão bibliográfica e apresentação de exemplos os autores realizam uma breve análise dos elementos encontrados e sugerem que o mercado pode estar encenando o que propusemos chamar de um blackface para o consumo: encenações que mimetizam características da cultura negra sobre produtos a serem comercializados, sem que estes remetam a um comprometimento com comunidades, programas ou agendas afrocentradas. Tal percepção nos leva à conclusão que o mercado busca realizar capturas simbólicas sobre aspectos que remetam às culturas de matriz africana, para transformar em produto aquilo que não é produtilizável: a própria negritude.

Biografia do Autor

Felipe Mathias Castello-Branco, UERJ (licenciatura), UFRJ (doutorando)

Doutorando EICOS/UFRJ. Professor/Designer Instrucional Fundação CECIERJ.

Catalina Revollo Pardo, UFRJ - EICOS

Programa de pós-Graduação EICOS

Frederico Augusto Tavares Júnior, Programa de pós-Graduação EICOS/UFRJ

Professor do Programa de pós-Graduação EICOS/UFRJ.

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Publicado

2023-04-25

Como Citar

Castello-Branco, F. M., Pardo, C. R., & Júnior, F. A. T. (2023). Pistas de um blackface para o consumo? Atravessamentos do capital nos processos de subjetivação do povo negro no Brasil. Revista Desenvolvimento & Civilização, 4(1), 76–118. https://doi.org/10.12957/rdciv.2023.69727