A (NOVA) ECONOMIA DO PROJETAMENTO COMO ESTÁGIO SUPERIOR DO SOCIALISMO CHINÊS

Autores

  • Elias Marco Khalil Jabbour Doutor em Geografia Humana pela USP (2010). Professor Adjunto da FCE-UERJ, do PPGCE-FCE-UERJ e do PPGRI-UERJ. Subchefe do Departamento de Evolução Econômica da FCE-UERJ.
  • Alexis Toribio Dantas Doutor em Economia da Industria e da Tecnologia pela UFRJ (1999). Professor associado do Departamento de Evolução Econômica da FCE-UERJ.
  • Carlos José Espíndola Doutor em Geografia Humana pela USP. Pós-doutor pela Universidade Autônoma de Barcelona (2010). Professor titular do Departamento de Geociências da UFSC. Editor-chefe da revista Geosul (GCN/UFSC).
  • Júlio Vellozo Doutor de História Social pela USP (2012). Pós-doutor pela Faculdade de Direito da Universidade de Salamanca/Espanha (2018) e pela USP (2019).

DOI:

https://doi.org/10.12957/rdciv.2021.66264

Resumo

O objetivo deste artigo é o de lançar luz sobre as razões pelas quais o conceito elaborado por Ignacio Rangel de “Economia do Projetamento” guarda grandes possibilidades às pesquisas no campo do desenvolvimento econômico chinês. Para tanto buscamos reelaborar o conceito o enriquecendo com novas determinações e critérios de validação que o tornam à altura do alcance do fenômeno em curso na China. Questões como as possibilidades de superação da “incerteza keynesiana”, a planificação da “destruição criativa”, a soberania monetária e o “pacto tácito de adesão" serão abordadas e tomadas como categorias internas que sustentam, enquanto face empírica, o conceito de Nova Economia do Projetamento. Concluimos afirmando que a Nova Economia do Projetamento se constitui como estágio superior de desenvolvimento do modo de produção dominante à (nova) formação econômico-social que emergiu na China como resultado das reformas econômicas iniciadas em 1978.

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Publicado

2022-03-29

Como Citar

Jabbour, E. M. K., Dantas, A. T., Espíndola, C. J., & Vellozo, J. (2022). A (NOVA) ECONOMIA DO PROJETAMENTO COMO ESTÁGIO SUPERIOR DO SOCIALISMO CHINÊS. Revista Desenvolvimento & Civilização, 2(2), 1–34. https://doi.org/10.12957/rdciv.2021.66264