Linguagens da favela: diálogo com um Incomodado Social
DOI:
https://doi.org/10.12957/rcd.2020.51133Palavras-chave:
entrevista, favela, linguagens, corpo, culturaResumo
Reproduzimos um diálogo registrado entre Waldemir, fotógrafo, comunicador comunitário, articulador cultural e, antes de tudo, um Incomodado Social, como ele se auto-declara; e Gisele, jornalista, mestre em comunicação e educadora midiática popular. Uma conversa cujo mote foi: como a favela se comunica? Tanto de dentro para dentro, quanto de dentro para fora? E como a comunicação chega, de fora para dentro? Realizada na comunidade da Vila Aliança, em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, começamos a refletir: há particularidades na forma que as pessoas se comunicam entre si aqui neste território? Como se comunicam fora daqui? Quais aspectos da comunicação consideramos e são considerados hegemonicamente? Os ditos e não ditos, os tabus e as interdições (FOUCAULT, 2011)? O corpo como expressão e fala (FURLAN, 2003; NÓBREGA, 2000; HACKNEY, 1988)? Os discursos oficiais, altos, clássicos e os discursos transgressores, marginais, de baixo (STALLYBRASS e WHITE, 1989; BAKHTIN, 1993)? Os dialetos, as gírias, a moda? Tudo fala…
Referências
BAKHTIN, Mikhail. A Cultura Popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo/Brasília: EdUNB, 1993.
FOUCAULT, Michel. A Ordem do Discurso: São Paulo: Loyola, 2011.
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STALLYBRASS, Peter. WHITE, Allon. Politics and Poetics of Transgression. Cambridge: University Press, 1989.
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