ASPECTOS ESTRUTURAIS DO SISTEMA MIDIÁTICO BRASILEIRO
DOI:
https://doi.org/10.12957/rcd.2019.40853Palavras-chave:
Empresa informativa, radiodifusão, sistema midiático, regulamentação, BrasilResumo
Este artigo tem como objetivo sistematizar a formação dos meios de comunicação no Brasil, sua estrutura e a consequência de seu sistema, através de uma análise diacrônica para entender a configuração infocomunicacional e sua concentração. Para tanto, pretendemos discutir o sistema midiático brasileiro e alguns dos aspectos legais cujas empresas informativas foram formadas, debatendo algumas questões inerentes à temática, especialmente sobre o papel desempenhado pelo Estado como regulador das concessões públicas, e se a adoção de um modelo privado de exploração da radiodifusão propiciou a propriedade cruzada e o oligopólio. Para essas e outras indagações, utilizamos as perspectivas histórica e estrutural, elaborando um levantamento bibliográfico sobre a temática e suas ramificações, com dados pesquisados nos sistemas oficiais - lista de concessionários de rádio e TV do Ministério das Comunicações e do sistema acionário da Anatel. Ademais, discutimos as leis que regulamentam o setor infocomunicacional, especialmente o Código Brasileiro de Telecomunicações (CBT) e a Lei Geral de Telecomunicações (LGT), analisando as distorções dessas e também de outras leis e decretos. Finalizamos com uma análise sobre o problema da concentração midiática e suas diferentes formas, e o debate sobre a regulação dos meios.
Referências
ANCINE. TV Aberta – mapeamento, 2010. Recuperado de: https://oca.ancine.gov.br/sites/default/files/televisao/pdf/mapeamento_tvaberta_2010.pdf
BECERRA, Martín, MASTRINI, Gillermo. Los dueños de la palabra – acceso, estructura y concentración de los medios en la América Latina del siglo XXI. Buenos Aires, Argentina: Prometeo, 2009.
BRASIL. Casa Civil da Presidência da República. Lei 4.117: Código Brasileiro de Telecomunicações. Brasília, 1962. Recuperado de: http://planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4117.htm
BRASIL. Casa Civil da Presidência da República. Lei 9.472: Lei Geral de Telecomunicações. Brasília, 1997. Recuperado de: http://planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9472.htm
BRASIL. Congresso Nacional. Artigos nº 54, 55, 175, 220, 221, 222, 223 y 224. Constituição Federal de 1988. Brasília: 2004.
BRASIL. Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Pesquisa Brasileira de Mídia - Hábitos de consumo de mídia pela população brasileira. Brasília, 2015. Recuperado de: http://www.secom.gov.br/atuacao/pesquisa/lista-de-pesquisas-quantitativas-e-qualitativas-decontratos-atuais/pesquisa-brasileira-de-midia-pbm-2015.pdf/view
BUSTOS, Juan Carlos Miguel de. Los grupos multimedia: estructuras y estrategias en los medios europeos. Barcelona: Bosch, 1993.
Castells, Manuel. Comunicación y Poder. Madrid: Alianza Editorial, 2009.
DEL RÍO, Olga. El proceso de investigación: etapas y planificación de la investigación. En: Vilches, L., Del Río, O., Simelio, N., Soler, P., y Velázquez, T. La investigación en comunicación – métodos y técnicas en la era digital. Barcelona: Gedisa editorial, 2011.
Grupo Mídia de São Paulo. (2016). Mídia Dados Brasil. Recuperado de: https://dados.media/#!/cover#%2Fmosaic
HALLIN, Daniel, MANCINI, Paolo. Sistemas mediáticos comparados. Barcelona: Hacer editorial, 2008.
HAUSSEN, Doris Fagundes. Rádio e Política – Tempos de Vargas e Perón. Porto Alegre, Brasil: Edipucrs, 2001.
HERZ, Daniel. A história secreta da Rede Globo – sim eu sou o poder. Porto Alegre, Brasil: Tchê Editora, 1987. Recuperado de: http://www.hlage.com.br/E-Books-LivrosPPS/A%20Historia%20Secreta%20da%20Rede%20Globo.pdf
INTERVOZES (2007). Concessões de rádio e televisão: onde a democracia não chegou. Recuperado de: http://www.intervozes.org.br/publicacoes/revistas-cartilhas-emanuais/revista_concessoes_web.pdf.
INTERVOZES (2015). Caminhos para a luta pelo direito à comunicação no Brasil - como combater as ilegalidades no rádio e na TV. Recuperado de: http://intervozes.org.br/arquivos/interman004cldcnb.pdf
LIMA, Venício. As concessões de radiodifusão como moeda de barganha política. Revista Adusp, (42), 26-33, 2008. Recuperado de: http://www.adusp.org.br/files/revistas/42/r42a02.pdf
LOPES, Vera. A lei da selva. In: Bucci, E. (Ed.). A TV aos 50: criticando a televisão brasileira no seu cinqüentenário. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2000.
MARINONI, Bruno. Concentração dos meios de comunicação de massa e o desafio da democratização da mídia no Brasil. Análise 13, de 2015, Friedrich Eberte Stiftung Brasil. Recuperado de: http://intervozes.org.br/wp-content/uploads/2016/02/Projeto-FES-Artigoconcentracao-meio.pdf
MASTRINI, Gillermo, BECERRA, Martín. (Dir.). Periodistas y magnates: primer informe sobre estructura y concentración de las culturas en América latina. Buenos Aires, Argentina: Prometeo LibrosInstituto Prensa y Sociedad, 2006.
MORAES, Denis. Sistema mediático y poder. In: Moraes, D., Ramonet, I., y Serrano, P. Medios, poder y contrapoder: de la concentración monopólica a la democratización de la información. Buenos Aires, Argentina: Biblos, 2013.
MOREIRA, Sonia Virgínia. O rádio no Brasil. Río de Janeiro, Brasil: Mil Palavras, 2000.
PIERANTI, Octavio Pena. Políticas para a mídia: dos militares ao governo Lula. Lua Nova (68), 91121, 2006. Recuperado de: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-64452006000300004
RAMOS, Murilo. A força de um aparelho privado de hegemonia. En: Brittos, V.C., y Bolaño, C. (Eds.). Rede Globo: 40 anos de poder e hegemonia. São Paulo, Brasil: Paulus, 2005.
REBOUÇAS, Bruno.H.B., Dias, Elaine. N. Radio and the media regulation in Brazil. Radio, Sound and Society Journal, 1(1), 42-56. Recuperado de: http://ecrea-radioresearch.eu/rssjournal/index.php/rssj/article/view/24/23
SANTOS, Suzy dos., CAPPARELLI, Sergio. (2005). Coronelismo, radiodifusão e voto: a nova face de um velho conceito En: V.C. Brittos; C.R.S. Bolaño (Orgs.). Rede Globo: 40 anos de poder e hegemonia. Sao Paulo, Brasil: Paulus.
SERRANO, Pascual. Democracia y libertad de prensa. En: Moraes, D., Ramonet, I., y Serrano, P. (2013). Medios, poder y contrapoder: de la concentración monopólica a la democratización de la información. Buenos Aires, Argentina: Biblos, 2013.
SIMÕES, C., MATTOS, F. (2005). Elementos histórico-regulatórios da televisão brasileira. En Brittos, V.C., y Bolaño, C.R.S. (Orgs.). Rede Globo: 40 anos de poder e hegemonia. 1ed. São Paulo: Paulus, 2005.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os Direitos Autorais dos artigos publicados na Revista de Comunicação Dialógica pertencem ao(s) seu(s) respectivo(s) autor(es), com os direitos de primeira publicação cedidos à Revista. Toda vez que um artigo for citado, replicado em repositórios institucionais e/ou páginas pessoais ou profissionais, deve-se apresentar um link para o artigo disponível no site da RCD. A Revista de Comunicação Dialógica está licenciada com uma Licença Creative Commons (by-nc-nd).