Que opinião tem mais razão? Reflexões em torno das noções de opinião e obstinação na democracia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/rqi.2021.62966

Palavras-chave:

opinião, obstinação, liberdade, razão, democracia.

Resumo

É conhecida a ênfase de pensadores dos séculos XXVII e XVIII na defesa da noção de tolerância religiosa. Hoje tida como um dos sustentáculos do estado democrático de direito, as discussões em torno da tolerância conheceram um longo percurso até o seu reconhecimento como virtude cívica. O propósito do artigo é discutir as noções de opinião e obstinação sob a perspectiva da política e da filosofia, especialmente nas obras de John Locke e Pierre Bayle. A conclusão mostra que este debate traz reflexões fecundas capazes de iluminar certos debates políticos contemporâneos, mais precisamente a onipresença da violência material e simbólica gerada pela obstinação e pela disseminação de fundamentalismos nas redes sociais.

  

Biografia do Autor

Maria Cecília Pedreira de Almeida, Universidade de Brasília - UnB

Professora de Ética e Filosofia Política da Universidade de Brasília e do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UnB. Possui doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo com período sanduíche na Universidade de  Paris 1 -  Panthéon-Sorbonne,  

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Publicado

2021-12-11

Como Citar

de Almeida, M. C. P. (2021). Que opinião tem mais razão? Reflexões em torno das noções de opinião e obstinação na democracia. REVISTA QUAESTIO IURIS, 14(04), 1696–1708. https://doi.org/10.12957/rqi.2021.62966