Indústria da espionagem: ponte comercial ou obstáculo à paz?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/rqi.2019.38335

Palavras-chave:

indústria da espionagem, comércio, paz, Kant, relações internacionais.

Resumo

O presente artigo visa trazer à tona a questão da indústria da espionagem em uma perspectiva filosófica e antropológica decorrente de paradoxal diferença havida entre seus objetivos. Com efeito, a relação simbiótica existente entre os Estados e a indústria de espionagem se assemelha, em muito, àquela retratada por Mary Shelley em sua obra clássica Frankenstein. Isto porque, embora esta tenha sido criada e prosperado como um produto precioso dos Estados, atualmente vem se desvencilhando de seu senhor e agindo, muitas vezes, contrariamente aos interesses daqueles que a nutriram. Chega-se, então, a um paradoxo: de um lado as relações comerciais são aptas a manter a paz, porém, sob outro prisma, a atuação da indústria da espionagem é intrinsecamente impeditiva das relações baseadas na boa-fé entre os Estados, o que, como consequência, funcionaria como fator impeditivo do alcance da paz perpétua.

Biografia do Autor

Arthur Marques Silva, Universidade Católica de Santos

Mestrando em Direito Internacional pela Universidade Católica de Santos

Especialista em Direito Público pela Faculdade Professor Damásio de Jesus

Procurador Autárquico do Instituto de Previdência do Município de Santo André

Frederico Bonaldo, Universidade Católica de Santos

Professor Colaborador do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Católica de Santos (UniSantos). Professor da Graduação em Direito e em Filosofia da UniSantos. Doutor em Filosofia do Direito e do Estado pela PUC-SP. Mestre em Direito pela UERJ.

Downloads

Publicado

2020-02-28

Como Citar

Marques Silva, A., & Bonaldo, F. (2020). Indústria da espionagem: ponte comercial ou obstáculo à paz?. REVISTA QUAESTIO IURIS, 12(2), 691–705. https://doi.org/10.12957/rqi.2019.38335