POR UMA EDUCAÇÃO QUILOMBOLA: UM OLHAR GEOGRÁFICO À COMUNIDADE REMANESCENTE MUQUÉM

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/periferia.2021.55960

Palavras-chave:

educação do campo, quilombola, Comunidade

Resumo

A educação é um direito universal para todo cidadão, independente de etnia e classe social. A educação escolar quilombola vem enfrentando inúmeros desafios ao longo dos anos, pois essa problemática é vestígio da negação histórica da educação para a população negra. Isso decorre de uma configuração socioespacial de como a sociedade brasileira foi formada. O presente trabalho tem o objetivo de enfatizar a importância da educação quilombola no campo tendo como recorte espacial a comunidade de remanescente quilombola Muquém, dando ênfase ao currículo quilombola escolar desenvolvido por meio da lei 10.639/2003. A pesquisa participante envolveu alunos do 6º, 7º, e 9º ano da escola do Muquém, diretores e moradores da comunidade. O trabalho baseia-se no estudo documental, pesquisa de campo abordando o caráter qualitativo tendo como embasamento teórico Paulo Feire (1987) com sua contribuição sobre a temática da educação no campo para a formação da cidadania. Para melhor aprofundamento foi necessário para coleta de dados aplicação de questionários para alunos e entrevistas a moradores e gestão escolar da comunidade acerca da presença da escola na localidade. Os resultados mostram que através da lei nacional que visa o estudo do ensino da cultura negra brasileira e raízes africanas é com muitos esforços e dedicação que a comunidade vem trabalhando projetos pedagógicos que possibilitem uma nova construção da história do povo negro. Após a enchente de 2010 desenvolveu nos últimos 7 anos um currículo pedagógico que visa os princípios morais como o respeito mútuo, a cidadania e a diversidade.

Biografia do Autor

Thaís Patricia Paulino da Silva, Universidade Estadual de Alagoas- UNEAL

Graduada em licenciatura plena em geografia pela Universidade Estadual de Alagoas- UNEAL, integrante do grupo de Estudos Territoriais - GETERRI coordenado pelo professor Dr. Reinaldo Sousa. Participante do Grupo de identidade e relações Raciais INVERSO de União dos Palmares que atua na mediação de leituras contos infanto juvenis que trata temática negra . Atuante na PJMP (Pastoral da Juventude do Meio Popular) no papel de militante e coordenadora nacional representante do Estado de Alagoas. Guia local da cidade de União dos Palmares - Parque Memorial Quilombo dos Palmares- Serra da Barriga.

Marily Oliveira Barbosa, Centro Universitário Mauricio de Nassau - uninassau ; Universidade Estácio de Sá

DOUTORA em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) - SP , MESTRA em Educação pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL) - AL, ESPECIALISTA em Educação Especial Inclusiva pelo CESMAC, ESPECIALISTA em Treinamento Desportivo para crianças e jovens pela UFAL. GRADUADA em Pedagogia pela UFAL e GRADUADA do curso licenciatura em Educação Física pela UFAL. DOCENTE do ensino superior. Pesquisadora do Núcleo de Estudos em Educação e Diversidade (NEEDI)). Docente convidada no curso de aperfeiçoamento em atendimento educacional especializado em deficiência intelectual pela UFAL, letramento para estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) pela UFG, ambos realizados por meio do MEC/SECADi.

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Publicado

2021-05-21

Como Citar

Silva, T. . P. P. da, & Barbosa, M. O. (2021). POR UMA EDUCAÇÃO QUILOMBOLA: UM OLHAR GEOGRÁFICO À COMUNIDADE REMANESCENTE MUQUÉM. Periferia, 13(1), 156–176. https://doi.org/10.12957/periferia.2021.55960