SAÚDE, PANDEMIA E POVOS DO CAMPO: ANÁLISES A PARTIR DE UM PROJETO DE EXTENSÃO
DOI:
https://doi.org/10.12957/periferia.2021.55184Palavras-chave:
saúde, campesinato, pandemia, Educação do Campo,Resumo
O objetivo geral deste artigo consiste em (re)conhecer as repercussões da pandemia de COVID-19 na saúde (prática social e política pública) de sujeitos e comunidades do campo nas quais alunos/as do curso de Licenciatura em Educação do Campo da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (LECampo/FaE/UFMG) trabalham e/ou residem. Esta pesquisa está articulada ao projeto de extensão “Povos do Campo e a pandemia do COVID-19”, criado em abril de 2020. Os caminhos metodológicos da investigação consistiram na aplicação de questionários com questões fechadas e abertas, respondidos por 36 estudantes na primeira etapa (final de abril/início de maio de 2020) e por 46 estudantes na segunda etapa (meados de julho de 2020). Os dados foram analisados através da análise de conteúdo e foram construídas categorias em diálogo com alguns princípios do SUS: a) práticas de saúde frente à pandemia; b) acesso e divulgação de informações; c) ações em saúde pública, que contemplou o acesso a serviços de saúde, o atendimento sistêmico e o estabelecimento de prioridades e d) relação campo-cidade. Com a interiorização do Covid-19, ficou evidente a fragilidade no sistema de saúde com centralização nos centros urbanos, evidenciando a precarização histórica dos atendimentos nas cidades pequenas e no campo. Entre outros resultados, há persistência do reduzido acesso às políticas públicas, especialmente de saúde, por povos do campo no país. Ressalte-se o lugar da luta pela Educação do Campo como estratégia em defesa da valorização dos trabalhadores rurais, da agricultura familiar, das formas de vida e desenvolvimento campesino.
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