NARRATIVAS E SEUS ENCANTAMENTOS - Entre zuelas e axós de Tata Londirá
DOI:
https://doi.org/10.12957/periferia.2020.55170Palavras-chave:
Educação nos Terreiros, Narrativas Afrodiaspóricas, Filosofias do EncantamentoResumo
Neste texto pretendemos abordar a construção de narrativas em uma perspectiva decolonial a partir de Tata Londirá, pai de santo conhecido como Joãozinho da Goméia, que tem um papel singular na visibilidade do candomblé do século XX. A noção de narrativa e suas relações com o encantamento em práticas afrodiásporicas pretende ser discutida pelo deslocamento da dicotomia colonial posta entre sociedades orais e sociedades letradas, entre oral-escrito que colocou uma centralidade da noção de escrita apenas atrelada ao verbal. Tal divisão relegou tais práticas apenas ao âmbito da oralidade como forma de oposição e ausência de escrita. Pretendemos, a partir das zuelas (cantos) e axós (vestimentas do candomblé) de Tata Londirá, discutir os modos de produção das narrativas no candomblé de Joãozinho da Goméia e as relações que podem ser estabelecidas entre encantamento e a produção de outros modos de escrita. Além disso, discutimos a força de narrador de Tata Londirá ao transpor para fora dos muros dos terreiros tais narrativas em toda sua estética, visualidade e encantamento.
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