Ensinar-aprender com os memes: quando as estratégias de subversão e resistência viralizam na internet
DOI:
https://doi.org/10.12957/periferia.2019.36180Palavras-chave:
redes sociais online, “minorias” sociais, memes, educação.Resumo
Este texto explora a forma como os memes podem constituir-se enquanto potentes estratégias contemporâneas de subversão e resistência às normas que regulam/governam corpos, gêneros e sexualidades. A infraestrutura técnica do ciberespaço possibilita que uma quantidade significativa de usuárias/os hoje possa (co)criar, “curtir” e compartilhar amplamente informações dos mais variados tipos (imagens, vídeos, sons etc) para outras pessoas geograficamente dispersas. Muitas dessas informações desenvolvidas colaborativamente evidenciam a força política dos usos feitos das redes sociais online na criação de estratégias de resistência direcionadas no combate ao regime (cis)heterocentrado, responsável pela desqualificação de corpos, gêneros e sexualidades dissidentes, comumente designados de anormais e estranhos. Se por um lado as redes sociais online caracterizam-se enquanto um terreno fértil para a viralização de discursos preconceituosos/discriminatórios, por outro lado é através dessas mesmas redes que muitos usuários vêm encontrando brechas e formulando caminhos no combate às mais perversas formas de desqualificação de determinados grupos sociais de sujeitos que integram as chamadas “minorias” sexuais, de gênero e étnico-raciais. O trabalho apresenta algumas dessas experimentações nos/com os cotidianos, acompanhando analiticamente seus modos de produção e algo daquilo que pode se constituir como enunciações coletivas.
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