A GEOGRAFIA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA REDE PÚBLICA ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO: UMA ANÁLISE SOBRE A DEMANDA POTENCIAL DA COORDENADORIA REGIONAL METROPOLITANA VI

Autores

  • Fernando Barcellos UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.12957/hne.2017.31968

Palavras-chave:

Geografia da Educação, Educação de Jovens e Adultos, Política Educacional.

Resumo

Este trabalho faz parte do Grupo de Estudo e Pesquisa em Geografia e Educação de Jovens e Adultos (GeoEJA)  que é vinculado à Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Neste contexto, as pesquisas em Geografia permitem diversas análises sobre os aspectos socioespaciais dos territórios sob investigação. É neste sentido que o presente trabalho, em fase inicial, tem como principal objetivo o mapeamento da demanda e da oferta de cursos de Educação de Jovens e Adultos (EJA) no âmbito da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro. Em virtude do seu tamanho, optou-se por desenvolver a pesquisa a partir das informações das escolas estaduais localizadas no município do Rio de Janeiro, especificamente na área de abrangência da Coordenadoria Regional Metropolitana VI. Com base nos dados da amostra do Censo Demográfico de 2010, do IBGE, que dizem respeito ao grau de instrução de pessoas com 18 anos ou mais, foi criado o indicador Demanda Potencial para a Educação de Jovens e Adultos – Ensino Médio, que tem como propósito divulgar a população relativa que possui o Ensino Médio incompleto. Utilizando-se a malha cartográfica das áreas de ponderação, o indicador foi mapeado a partir do recorte da população na faixa etária acima de 18 anos. Nos mapas produzidos foram também localizadas as escolas estaduais que oferecem a EJA, a partir dos microdados do Censo Escolar do INEP (2010-2016). Como resultados preliminares, por meio dos dados oficiais observa-se que o número de escolas não contempla a necessidade verificada para esta coorte selecionada. Sendo assim, o atual cenário da Educação de Jovens e Adultos de nível médio, no estado do Rio de Janeiro, retrata a omissão do poder público, nesse caso específico do governo estadual, no atendimento a uma expressiva parcela da população que continua privada de seu direito à educação básica. Logo, verificamos a inevitabilidade de urgentes políticas públicas relativas a esta modalidade da educação básica. Com este estudo, pensamos ser relevante partilhar estas impressões com a comunidade científica a fim de ampliar o debate sobre uma temática tão fundamental para a educação pública no estado do Rio de Janeiro.

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