A EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO MEIO DE CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE AS POSSÍVEIS TRANSFORMAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS GERADAS PELA CHEGADA DO MOINHO FLUMINENSE AO BAIRRO PARQUE DUQUE/DUQUE DE CAXIAS

Autores

  • Amanda Rodrigues UERJ/FEBF
  • Caroline Nascimento UERJ/FEBF
  • Caroline Cunha UERJ/FEBF
  • Juarez Junior

DOI:

https://doi.org/10.12957/hne.2014.17669

Palavras-chave:

Educação Ambiental, Racismo Ambiental, Paisagem, Parque Duque – Duque de Caxias/RJ.

Resumo

No ano de 2014 o prefeito da cidade de Duque de Caxias anunciou a instalação do novo Moinho Fluminense no bairro Parque Duque, um investimento que custará R$500 milhões. Alexandre Cardoso e o diretor da empresa se mostram otimistas em relação ao novo negócio, visto que a obra, que se iniciará ainda nesse ano e com previsão de conclusão para 2016, gerará cerca de 1600 empregos diretos e indiretos e após a finalização do projeto serão gerados cerca de 300 empregos para profissionais especializados. Porém, será que a instalação desse moinho será positiva para a população e o meio ambiente daquela região? Será que a população residente sabe os efeitos que esse investimento trará para as suas vidas?

A indústria alimentícia Moinho Fluminense pertencente à Bunge, uma das maiores empresas de agronegócio do Brasil, e está atualmente instalada na Zona Portuária da cidade do Rio de Janeiro desde 1887, onde sua história mistura-se com o desenvolvimento da cidade. Recentemente, a região portuária do Rio vem passando por um processo de revitalização recebendo grandes investimentos públicos e privados: as obras do Projeto Porto Maravilha. De acordo com essa nova proposta de utilização da região portuária, transformando-a em um polo turístico- comercial, a indústria Moinho Fluminense não se “enquadra” neste novo cenário e chega a ser considerada um elemento obsoleto para a cidade. Devido a isso, a indústria foi vendida por cerca de R$800 milhões para a Vinci Partners e abrigará salas comercias e um shopping center. Incentivos fiscais fornecidos pela atual gestão da cidade de Duque de Caxias despertaram o interesse para que a Bunge construísse as novas instalações da Moinho Fluminense no bairro de Parque Duque.

Motivados pelos estudos dos possíveis impactos que a transição desta indústria trará ao bairro e aos moradores do Parque Duque e adjacências, foi feita - pelo grupo - uma reflexão na disciplina de Educação Ambiental II do curso de Licenciatura em Geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro na Faculdade de Educação da Baixada Fluminense. Essa reflexão foi elaborada com o intuito de conscientizar a população a respeito dos impactos que a chegada do Moinho Fluminense acarretará no mesmo, perpassando pelos conceitos de racismo ambiental e paisagem.

Através do método dedutivo, buscaremos analisar a intencionalidade desta mudança na paisagem a partir da instalação do Moinho Fluminense no bairro Parque Duque e trabalharemos a conscientização da população local através da Educação Ambiental crítica, visto que esta apresenta uma visão holística de mundo, onde o social não está separado do ambiental e as escolhas individuais não se dissociam da história e das normas sociais. Sendo assim, ela “cumpre um papel de desalienação ideológica das condições sociais, evidenciando que as coisas nem sempre foram assim, e que não têm porque continuarem sendo” (LAYRARGUES, 2006).

Biografia do Autor

Amanda Rodrigues, UERJ/FEBF

Grandando em Licenciatura de Geografia

Caroline Nascimento, UERJ/FEBF

Grandando em Licenciatura de Geografia

Caroline Cunha, UERJ/FEBF

Grandando em Licenciatura de Geografia

Juarez Junior

Grandando em Licenciatura de Geografia

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Publicado

2015-07-15

Edição

Seção

Artigos