Capitalismo e ciências duras: produção de uma adolescência universal

Autores

  • Ricardo Meneses Miguel Universidade Federal do Espírito Santo
  • Ana Lúcia Coelho Heckert Universidade Federal do Espírito Santo

Palavras-chave:

adolescência, ciência, universal

Resumo

Neste artigo problematizamos como o discurso científico, em sua face mais dura, na busca pela verdade absoluta trata a adolescência como universal. Em geral, as teorias desenvolvimentistas atribuem às etapas da vida uma linha de continuidade evolutiva, como se cada fase tivesse seu tempo e fosse ultrapassada a fim de se chegar à próxima. Baseadas em um paradigma racionalista, elevam a adolescência a um ideal, a uma fase delimitada do desenvolvimento humano, com características bem definidas. Produz-se, assim, um processo de normalização que cristaliza uma forma de ser e estar no mundo, e que nega a heterogênese dos modos de existência. Destacaremos algumas discussões com relação aos aspectos notadamente culturais e históricos da adolescência, que colocam “em xeque” essa noção de universalidade.

 

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Publicado

2018-12-05

Como Citar

Miguel, R. M., & Heckert, A. L. C. (2018). Capitalismo e ciências duras: produção de uma adolescência universal. Mnemosine, 14(2). Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/mnemosine/article/view/41685

Edição

Seção

Artigos