Nunca sabemos o que esperar das viagens: Performance em trens urbanos e diálogos nos espaços públicos em In_Trânsito com Cia. Marginal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/revmar.2020.47757

Palavras-chave:

Performance Site-Specific, Rio de Janeiro, In_Trânsito, Cia Marginal, Territórios Urbanos

Resumo

O objetivo deste artigo é apresentar uma reflexão sobre a peça In_Trânsito, encenada pela Cia. Marginal, com direção de Isabel Penoni e Joana Levi. In_Trânsito configura-se como uma performance site-specific (encenada em espaços originalmente não dedicados a ela) desenvolvida durante viagens nos vagões do ramal Saracuruna, com início na Central do Brasil, estação ferroviária localizada no Rio de Janeiro. Por meio de um diálogo sobre circulação e direito à cidade e de um olhar para performances que tenham a cidade como palco ou personagem e que sejam localizadas em um território, procuramos entender, utilizando um relato etnográfico da peça, os dilemas pelos quais a cidade passa e como movimentos sociais e artísticos são perpassados pelo que acontece nesta mesma cidade.

Biografia do Autor

Ana Paula Alves Ribeiro, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Professora Adjunta da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, atuando na graduação e no Programa de Pós-graduação em Educação, Cultura e Comunicação em Periferias Urbanas. Professora do quadro permanente do Programa de Pós-graduação em Cultura e Territorialidades da Universidade Federal Fluminense. Doutora em Saúde Coletiva, Mestre e graduada em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Coordenadora do Laboratório de Experimentações Artísticas e Reflexões Criativas sobre as Cidades – LEARCC/FEBF/UERJ.

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Publicado

2020-05-31

Como Citar

Ribeiro, A. P. A. (2020). Nunca sabemos o que esperar das viagens: Performance em trens urbanos e diálogos nos espaços públicos em In_Trânsito com Cia. Marginal. Revista Maracanan, (24), 567–592. https://doi.org/10.12957/revmar.2020.47757