A construção da “República de Ipanema” no Rio de Janeiro dos anos 1960
DOI:
https://doi.org/10.12957/revmar.2020.47617Palavras-chave:
Ditadura Civil-Militar, Cronistas, Rio de Janeiro, IpanemaResumo
Nos anos 1960, a cidade do Rio de Janeiro foi concebida a partir do ideário construído sobre a memória de uma “República Ipanemense”, lócus da Zona Sul carioca onde se amalgamou uma parcela da vanguarda boêmio-literária nacional, principalmente porque o bairro foi o polo difusor de diferentes movimentos sociais, políticos e culturais que se tornaram importantes no cenário de oposição à ditadura civil-militar no país, como: a contracultura; o Cinema Novo; a Esquerda Festiva; a Banda de Ipanema e o jornal O Pasquim. Neste contexto, foi construída uma memória sobre uma Ipanema Cosmopolita em oposição a Ipanema Provinciana, ou seja, mais que um bairro carioca, era uma “República” que representava a metonímia de Brasil, que lançava moda, hábitos e costumes para outras regiões da cidade e para o país, que apesar de sua popularidade nacional, não era popular e sim bastante elitizada, ao contribuir pra disseminar a cultura do carioquismo.
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