Cidade, patrimônio e favela no Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.12957/revmar.2020.47549Palavras-chave:
Patrimônio, Museus de Favela, Cidade, Rio de JaneiroResumo
O presente trabalho tem como foco, fundamentado nas problematizações teóricas de Michel de Certeau, discutir novas práticas museais e museológicas na cidade do Rio de Janeiro, a saber: o Museu de Favela Pavão-Pavãozinho Cantagalo; a Galeria Providência; e o Museu Nami. Também analisamos como essas novas iniciativas se pautam em visões não ortodoxas dos conceitos de patrimônio, memória e museu. Consideramos que a entrada de novos atores em cena com voz ativa sobre suas histórias e experiências cria novas relações de forças, modelos e iniciativas que, muitas vezes, escapam a modelos tradicionais já consagrados e contribuem para a dinâmica fluída da compreensão de patrimônio e memória. Além disso, percebe-se a vontade das favelas de se mostrarem como parte integrante da cidade, desafiando a lógica do senso comum. O estudo, pois, mescla pesquisas de campo realizadas nos três locais, com pressupostos teóricos da Museologia Social.
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