"Entre os artistas amigos o momento bom de ternura é o aparecimento de obra nova": O exercício da crítica literária na correspondência de Luís da Câmara Cascudo e Mário de Andrade (1924-1928)

Autores

  • Giuseppe Roncalli Ponce Leon Oliveira Universidade Federal de Campina Grande
  • Marinalva Vilar de Lima Universidade Federal de Campina Grande
  • José Machado da Nóbrega Faculdades Integradas de Patos, Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.12957/revmar.2017.28475

Palavras-chave:

Crítica Literária, Correspondência, Rede de Sociabilidade Intelectual, Luís da Câmara Cascudo, Mário de Andrade

Resumo

A troca de missivas, na década de 1920, tornou-se um meio eficaz para a circulação de textos inéditos entre intelectuais modernistas. As correspondências trocadas entre os integrantes do Modernismo brasileiro revelam que a partilha do texto inédito se estabeleceu entre eles como uma prática constante. Mário de Andrade e Luís da Câmara Cascudo foram, sem dúvida, alguns desses intelectuais que viam na circulação de manuscritos um estímulo para a troca de ideias entre seus pares, é o que se observa no grande volume de manuscritos que enviaram, receberam e comentaram. Neste artigo, serão discutidos aspectos relacionados ao exercício da crítica literária na escrita epistolar de Luís da Câmara Cascudo e Mário de Andrade entre os anos de 1924 a 1928 e 1937.

 

Biografia do Autor

Giuseppe Roncalli Ponce Leon Oliveira, Universidade Federal de Campina Grande

Doutor em História Social pela Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP), Mestre em Ciências Sociais, e licenciado em História pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Atualmente desenvolve Estágio de Pós-Doutorado no Programa de Pós-Graduação em História (área de concentração: História, Cultura e Sociedade) da UFCG. Desenvolve pesquisas no campo dos estudos de gênero, cultura-popula-nordestina, correspondências, modernismo e regionalismo-tradicionalista-nordestino, com ênfase na obra de Luís da Câmara Cascudo, Mário de Andrade, Joaquim Inojosa, José Américo de Almeida e Gilberto Freyre.

Marinalva Vilar de Lima, Universidade Federal de Campina Grande

É professora efetiva (Classe: associado) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Atua no ensino, na pesquisa, na pós-graduação e na extensão nas área de História Antiga e Medieval; Cultura Popular, Tradições e religiosidades; Etnicidade e diversidade socio-cultural; Migrações, trabalho e sociedade capitalista; e Teoria da História. É membro permanente do programa de Pós-Graduação em História (PPGH/UFCG).

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José Machado da Nóbrega, Faculdades Integradas de Patos, Paraíba

Especialista em HISTÓRIA DO BRASIL E DA PARAÍBA pela FACULDADES INTEGRADAS DE PATOS - PB, graduado em LICENCIATURA PLENA EM HISTÓRIA pela UNIVERSIDADE REGIONAL DO NORDESTE (1988). Atualmente é professor - E.R.E.M Francisco Madeiros.

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Publicado

2017-07-20

Como Citar

Oliveira, G. R. P. L., Lima, M. V. de, & Nóbrega, J. M. da. (2017). "Entre os artistas amigos o momento bom de ternura é o aparecimento de obra nova": O exercício da crítica literária na correspondência de Luís da Câmara Cascudo e Mário de Andrade (1924-1928). Revista Maracanan, (17), 88–102. https://doi.org/10.12957/revmar.2017.28475