A Portuguese-Brazilian Republic of Letters: the interlocution between Eduardo Prado, Ramalho Ortigão and Eça de Queirós in the late nineteenth century

Authors

  • Rodrigo Perez Oliveira Professor Universidade Estácio de Sá. Doutor Universidade Federal do Rio de Janeiro.

DOI:

https://doi.org/10.12957/revmar.2017.25669

Keywords:

Eduardo Prado, Eça de Queirós, Ramalho Ortigão, Intellectual Socialization

Abstract

This study deals with the lettered socialization networks made up of Brazilian and Portuguese intellectuals in the late nineteenth century. I treat here, especially the established dialogue between Eduardo Prado (1860-1901), Eca de Queiros (1845-1900) and Ramalho Ortigão (1836-1915), trying to understand how that scholars have addressed the issues of modern temporality and the social function of letters. Analyzing, above all, the correspondence of these three writers, I realize that in their private conversations they were sensitized by the combination of constitutive values of the conservative and republican repertoires, that throughout the nineteenth century consolidated as criticisms of the model of society created in illustration. Therefore, in this study, I examine how Eduardo Prado, Eça de Queirós and Ramalho Ortigão appropriated these two traditions and verbalized the anxieties that at that moment disturbed part of the Portuguese-Brazilian intelligentsia.

References

ALONSO, Ângela. Arrivistas e decadentes: o debate político-intelectual brasileiro na primeira década republicana. Novos Estudos, CEBRAP, São Paulo, n. 85, p. 131-148, 2009.

ARENDT, Hannah. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003.

ARMANI, Carlos Henrique. Discursos da Nação: historicidade e identidade nacional no Brasil em fins do século XIX. Porto Alegre: Ed. PUCRS, 2010.

BERRIEL, Carlos Eduardo Ornelas. Vida literária no período de Prudente de Moraes (1894-1898): Eduardo Prado, pensamento oligárquico e restauração monárquica. In: SILVA, Fernando Teixeira at al. República, liberalismo, cidadania. Piracicaba: Ed. UNESP, 2003.

BIGNOTTO, Newton. As origens do republicanismo moderno. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2011.

BROCA, Brito. A vida literária no Brasil. São Paulo: José Olímpio, 1966.

BURKE, Edmund. Reflexões sobre a Revolução Francesa. Rio de Janeiro: EDIPRO, 2014.

BURKE, Peter. A República das Letras europeia. Rio de Janeiro: Revista de Estudos Avançados, n. 25, 2011.

CARITAT, Marie Jean Antoine Nicolas. Ensaio de um quadro histórico do espírito humano. Campinas, SP: Ed. UNICAMP, 1993.

CAVALCANTI, Paulo. Eça de Queirós agitador no Brasil. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1966.

CESAR, Temístocles. Lições para a escrita da história: as primeiras escolhas do IHGB In: GONTIJO, Rebeca et al. (orgs.). Estudos de Historiografia brasileira. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2011.

CHARTIER, Roger (dir.). La correspondance: les usages de la lettre au XIX e siècle. Paris: Fayard, 1991.

CHATEAUBRIAND, René. Études historiques. Oeuvres complètes de Chateaubriand. Paris: Garnier, T.IX, 1861.

CÍCERO. Do sumo bem e do sumo mal. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

COUTINHO, João Pereira. As ideias conservadoras explicadas a revolucionários e reacionários. São Paulo: Três estrelas, 2014.

DASTON, Lorraine. The Ideal and Reality of the Republic of Letters in the Enlightenment. Cambridge: Cambridge University press, 1991.

GIAROLA, Flávio Raimundo. Os “pastores guerreiros”: Jesuítas, Catolicismo e história no pensamento monarquista-católico. Revista Científica das áreas de História, Letras, Educação e Serviço Social do Centro Universitário de Belo Horizonte, v. 7, n. 1, jan./jul. 2014.

GUIMARÃES, Manoel Luiz Salgado. Historiografia e nação no Brasil (183-1857). Rio de Janeiro: Ed. UERJ, 2011.

JANOTTI, Maria de Lourdes Mônaco. Os subversivos da república. São Paulo: Brasiliense, 1986.

JASMIN, Marcelo. Alexis de Tocqueville: A historiografia como ciência política. Belo Horizonte: Ed. UFMG; IUPERJ, 2014.

KOSELLECK, Reinhart. Futuro Prassado: Contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto, 2006.

LEONZO, Nancy. A historiografia antirrepublicana: a obra de Eduardo Prado. São Paulo: Ed. USP, 1993.

LEVI, Darrel E. A Família Prado. São Paulo: Cultura 70, 1977.

LÖWY, Michel. Redenção e Utopia: O Judaísmo Libertário na Europa Central (Um Estudo de Afinidade Eletiva). São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

LYNCH, Christian E. C. Quando o regresso é progresso: a formação do pensamento conservador saquarema e de seu modelo político (1834-1851). In: NUNES, Gabriela; BOTELHO, André. Revisão do pensamento conservador: ideias e política no Brasil. São Paulo: Hucitec, 2010.

MANNHEIM, Karl. Ideologia e Utopia. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara, 1986.

MATOS, A. Campos. Eça de Queiroz: uma biografia. Campinas: Ed. Unicamp, 2014.

MEDINA, João. A Geração de 70: uma geração revolucionária e europeísta. Lisboa: Instituto de Cultura e Estudos Sociais, 1999.

MERCADANTE, Paulo. A consciência conservadora no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.

MÔNICA, Maria Filomena. Vida e obra de José Maria Eça de Queirós. Rio de Janeiro: Record, 2001.

MOTA FILHO, Cândido da. A Vida de Eduardo Prado. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967.

NIETZSCHE, Friedrich. A Genealogia da moral. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

NISBET, Robert. O conservadorismo. Lisboa: Estampa, 1987.

OLIVEIRA, Rodrigo Perez. O conservadorismo de Eduardo Prado: a combinação dos repertórios antigo e moderno do pensamento político ocidental. (1879-1901). 2015. Tese (Doutorado em História Social) – Programa de Pós-graduação em História Social, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

ORTIGÃO, Ramalho. Primeiras prosas. (1859-1867). Lisboa: Livraria Clássica Editora, 1944.

PAGANO, Sebastião. Eduardo Prado e sua época. São Paulo: Ed Cetro, 1960.

POMEAU, René. A religião de Voltaire. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

PRADO, Eduardo. Coletâneas. São Paulo: Tipografia Salesyana, 1904.

PRADO, Eduardo. Fastos da Ditadura Militar no Brasil. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

QUEIROZ, Suely Robles Reis de. Os radicais da república. Rio de Janeiro: Brasiliense, 1986.

SCHWARZ, Lillia. Retrato em Branco e Negro: jornais, escravos e cidadãos em São Paulo no final do século XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.

TOCQUEVILLE, Alexis. A democracia na América. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

VILLAÇA, Antônio Carlos. O pensamento católico no Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.

ZAN, João Carlos. Ramalho Ortigão e o Brasil. 2009. Tese (Doutorado) Universidade de São Paulo, São Paulo.

Published

2017-07-21

How to Cite

Oliveira, R. P. (2017). A Portuguese-Brazilian Republic of Letters: the interlocution between Eduardo Prado, Ramalho Ortigão and Eça de Queirós in the late nineteenth century. Revista Maracanan, (17), 166–185. https://doi.org/10.12957/revmar.2017.25669