A prática do método comparativo: Américas portuguesa e hispânica

Autores

  • Ronald Raminelli Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.12957/revmar.2016.24697

Resumo

Os estudos de Sérgio Buarque de Holanda e Richard Morse  tornaram-se obras clássicas ao buscar analisar as Américas como parte de um todo, com raízes europeias comuns e instituições, por vezes, bem equivalentes. Os autores, porém, não se descuidaram das particularidades, da tradição latina e anglo-saxã, das modernidades e dos arcaísmos. Embora separados por algumas décadas, os livros Raízes do Brasil (1936) e Espelho de Próspero (1981/1988) promoveram sínteses inspiradoras e capazes de guiar os historiadores e docentes dedicados à História das Américas. Por vezes, superadas, suas teses guiaram várias gerações e ensinaram a não compartimentar as análises sobre as Américas portuguesa e hispânica, ibero-americana e anglo-saxã. O maior ensinamento é recorrer aos contrastes e similitudes para delimitar um problema histórico, ou seja, sua maior contribuição é metodológica. De fato, somente conhecemos os nossos objetos quando comparamos; sem relativizar as nossas certezas não seguimos em frente, permanecemos a repetir estereótipos criados e perpetuados por nossos antecessores.

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Publicado

2016-07-30

Como Citar

Raminelli, R. (2016). A prática do método comparativo: Américas portuguesa e hispânica. Revista Maracanan, (15), 200–213. https://doi.org/10.12957/revmar.2016.24697