Desenho como expressão da razão teórica

Autores

  • Raquel Quinet Pifano Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.12957/revmar.2016.20863

Resumo

DOI: 10.12957/revmar.2016.20863

O objetivo deste artigo é refletir sobre o processo de identificação do desenho à razão teórica iniciado no século XV, na forma inédita de teoria da arte, chegando, em fins do século XVI e início do XVII, a ser concebido como sinônimo de ideia. Parte-se de um momento quando não havia qualquer preocupação em afirmar a natureza intelectual da pintura, o interesse recaía sobre questões técnicas, em direção à afirmação da pintura como portadora de uma verdade metafísica. Num curto espaço de tempo, surge uma disciplina nova, estranha à filosofia e aos textos teóricos da Antiguidade que, absorvendo suas lições filosóficas, desponta como única autorizada a discutir o belo. Munida de uma lógica filosófica, a teoria da arte insere a pintura (e demais artes visuais) no discurso da razão teórica, provando sua validade intelectual e garantindo-lhe um posto entre as atividades liberais, posto esse que a pintura jamais deixará de deter.

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Publicado

2016-01-31

Como Citar

Pifano, R. Q. (2016). Desenho como expressão da razão teórica. Revista Maracanan, 12(14), 107–126. https://doi.org/10.12957/revmar.2016.20863