Normalizando as formas de viver: uma política de gestão do capital humano
DOI:
https://doi.org/10.12957/revmar.2015.17398Resumo
Convido à reflexão de uma forma de racionalidade político-econômica pautada por estratégias de gestão da vida – a biopolítica normativa – em termos foucaultianos. Esses saberes e essas práticas, inscritos numa perspectiva de normalização, podem ser identificados no pós-1930 em intervenções microfísicas, através da visitação domiciliar e ancorada na política social estatal. Trata-se de um investimento na gestão do capital humano; estratégias de poder objetivando a conformação do modo de vida dos operários e de suas famílias às exigências da produção capitalista. A proposta é pensar sobre as matrizes que perpassaram e fundaram essas práticas discursivas e estimular um olhar inquiridor e crítico de políticas de assujeitamento e controle social.
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