A religião no Império compreendida a partir de manuscritos pessoais
DOI:
https://doi.org/10.12957/revmar.2015.17397Resumo
Este artigo pretende analisar certo aspecto do processo pelo qual se deu o amálgama entre ideias e práticas liberais e católicas durante o Segundo Reinado, tendo como fontes essenciais os manuscritos do senador Nabuco, influente expoente da burocracia estatal do Império. O denominado catolicismo liberal brasileiro é apresentado como produto da apropriação de elementos da cultura política da elite colonial e da cultura política europeia, daí sua originalidade e singularidade. A marcada posição do governo imperial a favor da maçonaria e a regulação da ingerência da Igreja Católica na dinâmica da sociedade demonstra a prioridade atribuída aos interesses do Estado em detrimento da religião, sem, no entanto, desconsiderar o uso da religião oficial para a obtenção dos fins políticos previstos no horizonte de expectativa do regime monárquico.
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